Assim que se teve acesso ao despacho de apresentação do “Ab Initio”, duas de três coisas aconteceram... Uns, os mais próximos, acorreram às farmácias para abastecerem-se de comprimidos para dormir. Diziam que as madrugadas iam ser longas como nunca. Alguns até aproveitaram a viagem e compraram também laxantes! A sério. Parece que o orifício no fundo das costas estava tão apertadinho que não passava um fio de cabelo. Coitados.
Por outro lado, outros há que dava ideia que tinham descoberto a droga do riso. Palavra de honra. Riam-se como perdidos. Achavam um piadão ao que lá vem escrito!
Sobraram apenas os que, como eu, optaram por seguir uma terapêutica mista. Vamos obrando (para não dizer cagando) e rindo! Sempre com um olho no burro e o outro no cigano. É que isto tem muita graça quando é com os outros, sim... Mas e se, por algum motivo, falam no nosso nome e passamos também a ser “escutados”?! Não teremos todos algum telhado de vidro?! Não?! Ok. Aposto que esses já não devem ter é cobertura nenhuma! Dormem a ver as estrelas. Não é mau.
Eu falo por mim, crimes eu não cometi! Pelo menos que me recorde. E não, tampouco sei de alguma coisa que possa “entalar” terceiros! Mas por exemplo, eu também trato alguns amigos por “paneleirinho de merda”. Trato pois. Gosto deles. Chamar-lhes nomes desses é, para mim, sinónimo de carinho. Tal como sacana. Filho de uma égua. Etc por aí fora. Vá, eles não são secretários nem nada que se pareça! Está bem. Mas isso é culpa minha e não deles. Não tenho tarimba para ser amigo dessa gente... Mas e quem tem? Não pode, como eu, tratar os outros como bem entender?! Pode sim senhor. E deve. Só que, deve também ter sempre presente a máxima de que “trabalho é trabalho, conhaque é conhaque”! Não é por nada, é só que depois fica ali uma fuçadinha que pode cheirar mal...
Por falar nisso, imaginem que era o meu pai o “vigiado”, telefonicamente falando. Coitados dos inspetores. O melhor era saltarem as chamadas da hora do almoço. É com cada uma... Os pais não têm culpa! É a hora que podem falar. Ele é que faz perguntas inconvenientes. Rara é a vez que não pergunta como está o cocó. Se é mole. De 0 a 10 entre 0- águinha, 5- plasticina nova do frasco ou 10- calhau. Se castanho marron, preto asfalto ou verde bali. E o cheiro? Leve brisa ou odor fétido? Eu sei lá. Aposto que, ao segundo dia, dão as escutas por canceladas. E não é para menos... Não ganham para isso!
Pelo contrário, quem parece não vergar é o PAN. Juro. Então não é que levaram ao parlamento uma proposta de recomendação ao governo regional para serem criadas casas de banho neutras nas escolas da Região? Levaram pois. Não satisfeitos com tamanho feito, propuseram depois um voto de pesar pelo lince-do-deserto falecido recentemente. E o pior? Foi aprovado apenas com voto contra da IL. Caramba. Tirando uma ou outra decisão, parece que cada vez me revejo mais no Nuno... E não é só no peso!!
Ps, palavra final, e de solidariedade, para a Ágata. Não imagino a dor de uma mãe que, em pleno processo de divórcio, canta o “Podes ficar com as joias, o carro e a casa, mas não fiques com ele.
E até as contas do banco, a casa de campo, mas não fiques com ele”. E insiste: “Podes ficar com o resto e dizer que eu não presto, mas não fiques com ele.
Tira-me tudo na vida e o mais que consigas, mas não fiques com ele”, para “ele” agora ser preso por pedofilia. Por sorte, a música “na minha cama com ela” não é dela. Também era só o que faltava...