Era uma vez uma criança que tinha sido “acolhida” por uma família. Pegaram nela e, sem dar cavaco a ninguém, levaram-na para onde bem entenderam. Tiraram-na do seu habitat natural, portanto. Cortaram, sem hesitar, as suas relações com os progenitores e semelhantes. Os novos parentes, excêntricos, acomodaram-na na sua casa. Isto, claro, sempre com todos os cuidados médicos em dia e alimentação apropriada. Na verdade, a criança estava integrada na nova família e com saúdinha da boa. O que mais se podia querer? Pois é. Para muitos, isto seria o suficiente e até louvável.
Mas para outros, e (in)felizmente há sempre os outros, o bem-estar da criança era apenas uma parte do problema. Então e a legal? Mesmo não sendo esta uma criança indígena, não era claramente idêntica às demais. Dizia-se até que, ainda que tivesse nome, não estava registada. Alguns perguntavam-se como teria conseguido entrar numa ilha sem qualquer complicação? Ou se o médico que a assistiu desde que cá chegou também não se teria, em tempo algum, apercebido de que a criança estaria em situação irregular? Eu sei lá. Não faço ideia.
O que sei é que, de repente e porventura após alguma denúncia anónima, as autoridades actuaram e retiraram a criança à “família adoptiva”. Para isso, tiveram que a sedar. Sim, porque ainda que estivesse integrada, nunca tivesse mordido alguém e fosse muito parecida com os demais “familiares”, o seguro morreu de velho e inteirinho.
Foi então levada para um dos poucos locais, senão o único, preparados para o efeito. Já este, sem nada ter feito por isso, foi quem ficou com a criança nos braços. Só que não por muito tempo! Sim, porque aquela jamais poderia passar a ser a sua nova casa. Tampouco era essa a intenção. Porém, assim que pareciam ter encontrado um novo lar, foi lançada uma petição. Palavra de honra. E por uma daquelas associações que ajudam a alimentar mães! A intenção era forçar a que a criança fosse devolvida aos “donos”. Mas pior do que isso foi ver gente a assinar aquilo... Não, minto. Pior ainda do que assinar, foi ver gente assinar e ainda apelar à assinatura dos demais. Sim, gente de bem até. Incrível como esta gente tem um coração tão grande. Afinal de contas relembro que estávamos a falar de uma criança de companhia e não de algum animal...
Era então mesmo necessário isso tudo? Agora o que faltava era, daqui a dias, descobrir-se que havia linces idosos em asilos ou longe do seu ambiente selvagem porque tiveram alta e os filhos não os foram buscar e se gerasse este alarido, não? Tenham juízo. Cada macaco no seu galho. Por falar nisso, consta que os malvados da Fod Talcon (ou lá como se chama) também se apoderaram de macacos, cobras e lagartos de pessoas que os detinham de forma ilegal e nunca os devolveram. Apelo a que, se não quiserem problemas, o façam imediatamente. Peguem nos bichinhos e entreguem aos tristes dos donos não vão eles se suicidarem por isso. Se, à chegada, não abrirem a porta, deixem-nos lá mesmo. Aposto que isso é tudo bicharada que não faz mal a ninguém... E se fizer também que mal tem?! Responsabilizar-se-á o IFCN? Não creio.
Outra coisa que não tem mal é a tolerância de ponto da função pública na quinta e sexta por causa do rali. Cambada de invejosos. Não podem ver ninguém de folga que ficam logo com comichão. Quando eles trabalham ao fim de semana, feriados e dias santos ninguém lhes aponta o dedo.... Está bem que isso não acontece, mas não apontam na mesma! Sabem que mais?! Vou, também eu, seguir o exemplo e fazer tolerância de pontos (vírgulas e afins). O resto de agosto não contem comigo. Ah, e aviso já que só volto se lançarem uma petição “Volta Pedro, estás perdoado”. Caso contrário, foi um gosto... Amigos da onça.
Ps, Parabéns à Mayra Santos. Ao invés da Associação de Promoção da Madeira andar a pagar a pilotos de testes de F1, ou outros que tais, para virem à Madeira e darem a conhecer uma ilha que já anda nas bocas do mundo, invistam na “madeirense com sótaqui do brásiu”. Se a ideia é descongestionar a terrinha, nada melhor do que a pôr a chamar os camones para a água.... Siga. #VisitDesertas.
É só aterrar em Santa Cruz e se fazer ao mar. Aposto que, se for só para guardar a bagagem, o Filipe Sousa faz uma atenção na taxa turística (aquela que ninguém queria e agora não há um que não cobre). Bem, qualquer dia surge é uma taxa residente. Tenho para mim que já começamos a atrapalhar quem quer vir de férias. Pelo menos foi o que senti esta semana quando, por volta da 1 da manhã, tive que ir pôr 3 estrangeiros, porta fora. Ok, eu entendo que eles estão de férias e não querem ser incomodados. E que o problema de ter que se levantar cedo para ir trabalhar é meu e não deles, mas.... Pelo sim, pelo não, alguém sabe de algum lince disponível para adopção? Prometo cuidar dele como se fosse um filho. Ah, e deixar solto das 22h às 8h! Só naquela. Come on.