MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Antropóloga / Investigadora

2/01/2023 08:00

Naquele momento ínfimo das doze badaladas no dia trinta e um, no meio daquela euforia da comemoração do ano novo, vem-nos à cabeça aquele pensamento: "Como o tempo passa rápido! Mais um ano que se passou!" É aquele momento nostálgico em que refletimos aquilo que vivemos, aquilo que projetámos e se aquelas resoluções para o ano que agora findou, realizaram ou fracassaram.

O início de um novo ano costuma ser o motivo de inspiração para muitos, uma altura para se fazer uma reflexão sobre o ano anterior e definir novos planos, objetivos e sonhos para o futuro. Comprar uma moradia, emagrecer vinte kilos, aprender a tocar um instrumento musical, renunciar ao tabaco, dar uma volta ao mundo, sei lá… São vários e de todo o tipo os objetivos que se ambicionam.

É hora de renovar sonhos, objetivos e resoluções de Ano Novo. A tentação será colocar no topo da lista a recuperação do tempo que a pandemia nos roubou. Não podendo responsabilizar o passado, compete-nos renovar o pacto com o futuro. Ora aí está uma boa resolução para 2023 e anos seguintes: não perdermos tempo, não deixarmos para amanhã aquilo que podemos fazer HOJE!

Não esquecemos que a pandemia nos devolveu o valor de coisas que tínhamos como certas e a que, por algum defeito genético da espécie, só damos valor quando as perdemos. Um abraço, um beijo, uma conversa com amigos, uma viagem ou um momento com os pais ou avós nunca significaram tanto durante aqueles meses de confinamento. É hora de repensar como consumimos o nosso tempo e aquilo que, para nós, é realmente o mais importante!

Todos sabemos que este ano 2023 será mais um desafiante. Depois da pandemia, dos efeitos da guerra, da inflação, instala-se a crise. Nestes tempos de obscuridade que toldam a esperança, não há discurso oficial que se atreva a ignorar a dureza da crise que atinge a nossa sociedade.

Talvez recordarmos, a primeira lei de Newton, conhecida como o princípio da inércia, segundo a qual um objeto permanece em repouso, a menos que uma força externa atue sobre ele. Por outras palavras, nada mudará nas nossas vidas se não tentarmos mudar. E esse é o objetivo no topo da minha lista: mudar o rumo desta crise e da nossa sociedade!

Sejamos otimistas e acreditemos no futuro, por mais desafiante ou complexo que nos possa parecer. Não sejamos comodistas, mas sim ambiciosos. Não deixemos iludir com esta crise e pensar que nada pode ser feito, mas sim acreditar na possibilidade da mudança. Importa lembrar a máxima:

O futuro é HOJE. E se não corrermos terá sido ONTEM!!

Desejo a todos um feliz 2023, um excelente ano repleto de histórias, realizações e sucesso!

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