1.Ligação aérea
A partir de 24 de fevereiro já não é possível marcar passagens para viajar de avião da Madeira para o Porto Santo e vice-versa.
Esta é a realidade que temos com o Governo do Partido Socialista no poder.
Não porque aconteceu um imprevisto. Não porque um qualquer lapso inesperado provocou esta situação.
Os residentes no Porto Santo estão nesta situação porque o Governo do PS não quer saber do Porto Santo.
Os cidadãos estão impedidos de marcar passagens porque um executivo incompetente não tratou em tempo de garantir que a ligação aérea, que é de serviço público, não era interrompida nem tinha condicionantes para quem deseja viajar.
Já foram feitas promessas sucessivas de solução, com mais de 4 adiamentos sucessivos por parte do Governo do Partido Socialista.
Alguém se lembra de termos os deputados do PS/Madeira indignados com esta situação?
Alguém já viu o PS/Madeira, que tem um novo líder com o lema “Pelas pessoas, a nossa causa”, preocupado com esta situação?
Nada importa ao PS/Madeira. Como sempre, estão submissos ao que Lisboa determinar. Logo, estão caladinhos. Não falam, fingem que não é um problema!
2.O protesto dos polícias
Passaram duas semanas desde que um polícia decidiu, sozinho, iniciar um protesto em frente à Assembleia da República.
Uma iniciativa solitária, mas que foi o espelho de uma revolta que existe, em silêncio, junto dos agentes.
Rapidamente centenas de agentes da PSP juntaram-se a este, num movimento que atravessa o país, em silêncio e com uma agenda clara – justiça no rendimento que recebem e nas condições de trabalho.
Têm-se juntado agentes da GNR, solidários com os da PSP e chamando à atenção para algo que denunciam como sendo uma discriminação, que também os afeta. Os agentes que desempenham funções na Polícia Judiciária passaram a beneficiar, com a decisão do Governo de António Costa - o demitido – aprovada em novembro de 2023 de um suplemento de missão para as suas carreiras.
Qualquer coisa como um aumento de 518 euros para os inspetores, de 664 para a carreira de especialistas da polícia científica e de 187 na carreira dos seguranças da PJ.
Evidentemente que não está em causa esta melhoria de salários para os agentes da Polícia Judiciária.
O que já não se compreende é que outras forças de polícia, fiquem de fora de uma melhoria salarial que reivindicam há muito e de melhores condições de trabalho.
É justo que seja dado tratamento semelhante aos agentes da PSP e GNR, reconhecendo o seu papel para a sociedade e a sua missão, desempenhada muitas vezes em situação de risco.
Na Madeira é sabido que, se não fosse o protocolo de cooperação com o Governo Regional, não existiriam muitos dos meios que estão ao dispor dos agentes da PSP para cumprirem a sua missão. Falo de viaturas, computadores, mobiliário diverso.
Este protocolo funciona desde 2006, o que demonstra que não é eleitoralismo do Governo Regional. É uma opção para suprir mais uma inação do Governo da República, que ignora a Madeira e as suas próprias forças de segurança, não lhes proporcionando meios sequer de trabalho.
Curiosidade: Em maio, o Governo Socialista assumiu-se fiador de um empréstimo do Estado angolano para pagar uma obra adjudicada à Mota-Engil. Em dezembro de 2023 ficou a pagar tudo. É um Museu de 34 milhões de euros que pagaremos na íntegra – o Museu de Libertação Nacional de Angola.
Como eu dizia, as escolhas têm consequências. Dia 10 de março os portugueses têm de fazer escolhas!