No entanto, mesmo neste período pós-pandemia e com uma certa abertura do comércio e da atividade económica, estes dois sectores mantiveram o dinamismo que alcançaram durante a pandemia.
Quanto aos outros setores da economia os desafios são enormes. O maior deles e que está a afetar a maior parte das indústrias, prende-se com as ruturas nas cadeias logísticas e de abastecimento, o que tem provocado atrasos sucessivos nas linhas de produção. O que obriga as empresas a um maior esforço financeiro de forma a garantir stocks de matérias primas para um maior período de produção.
A indústria automóvel tem sido uma das principais afetadas pela incerteza nos prazos de abastecimento de matérias primas, o que tem provocado um enorme atraso na entrega de carros novos.
A guerra na Ucrânia tem sido também um grande fator de instabilidade nos mercados, nomeadamente no mercado energético. O que tem provocado um aumento vertiginoso no preço da energia com implicações diretas nos custos de produção.
Outro fator que também está a colocar novos desafios às empresas prende-se com a falta de recursos humanos qualificados. Na nossa região os setores mais afetados por esta falta de mão de obra são sobretudo a construção civil e a hotelaria. Considerando que no mercado interno local não existe mão de obra disponível para suprir estas necessidades, as empresas cada vez mais têm de recorrer a mão de obra de fora da região, estrangeira e do continente.
Com todo este movimento inflacionista, desde a energia aos restantes produtos, a atividade de muitas empresas é marcada por grande incerteza, o que cria enormes dificuldades no dia a dia da gestão e no planeamento de uma empresa obrigando a uma permanente adaptação às alterações que ocorrem.