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Artigo de Opinião

15/05/2023 08:00

Em primeiro lugar gostaria de salientar o facto de se ter optado por realizar esta iniciativa na ilha do Porto Santo, que por um lado tem por objetivo descentralizar as iniciativas levadas a cabo pelo PS Madeira, mas mais importante, o querer vincar a importância que tem o Porto Santo neste setor, que possui desafios muito interessantes, nomeadamente torná-lo mais competitivo ao longo de todo o ano, com a existência de soluções que poderão ser integradas e beneficiar toda a Região.

O objetivo dos Estados Gerais passa por criar um fórum de debate temático, com contributos de especialistas que, com as suas ideias e experiências, ajudam-nos a preparar o programa de governo que será colocado a sufrágio já este ano. Este é um contributo genuíno que quero salientar, porque pretendemos garantir aos Madeirenses e Porto-Santenses que existe uma alternativa governativa que pode e deve ser considerada no ato de votar.

A nossa Região exige ser governada com responsabilidade. Considero ser confrangedor a forma saloia como, muitas vezes, ouvimos o presidente do Governo Regional chutar para canto, como quem diz para Lisboa, sempre que algo não corre bem. Se somos uma Região Autónoma, não há razão para estarmos constantemente a apontar baterias para a República.

É esse trabalho que Sérgio Gonçalves tem procurado demonstrar, fazendo ver que não nos devemos focar nos problemas, mas sim construir soluções que poderemos colocar em marcha quando o Partido Socialista se tornar a força governativa na Região. E foi de soluções que se falou nesta iniciativa.

Ao invés de se culparem os ventos para a inoperacionalidade do aeroporto da Madeira (que são uma inevitabilidade), seria importante já ter um plano de contingência em marcha, capaz de ser rapidamente ativado, permitindo que a maioria dos passageiros, no lugar de voltarem para trás ou fossem para outros destinos sem vontade de voltar, lhes fosse proporcionada uma solução, que já dispomos, via marítima, que garantisse a sua chegada com o menor transtorno possível.

Que ao invés de se desinvestir na formação profissional na área do turismo, com a diminuição evidente da qualidade, tal como manifestada por quem trabalha no setor, com uma Escola Hoteleira a passar por graves dificuldades, deveríamos estar a trabalhar para termos uma educação de excelência nesta área de grande empregabilidade e onde o Porto Santo poderia também contribuir com um polo de formação.

Que no lugar de estarmos a permitir a deterioração constante dos percursos pedestres, onde parecem não existir regras, deveríamos estar a monitorizar e a garantir a sustentabilidade do nosso turismo. Ouvir relatos de que, turistas que vêm à Madeira há vários anos, começam a sentir que a Madeira está a perder a sua identidade e a sua unicidade, deve ser um fator de preocupação e obrigar a garantir que a nossa Região aposte mais na sustentabilidade ambiental, mas também que salvaguarde aquilo que nos distingue.

Infelizmente continuamos com um governo de propaganda, de pseudopioneirismos que visam unicamente desviar as atenções para a sua incapacidade de encontrar soluções e de colocar a Região na rota de um desenvolvimento sustentável que beneficie todos e não apenas alguns. Que traga melhores rendimentos para todos, não aumente as desigualdades como infelizmente está a acontecer. Ou seja, que nos torne verdadeiramente autónomos nas nossas ações e não estejamos constantemente a culpabilizar os outros, os de Lisboa. Eu, sinceramente prefiro aquele que soluciona do que aquele que não assume as suas responsabilidades.

Gonçalo Aguiar escreve
à segunda-feira, de 4 em 4 semanas

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