Isto a propósito de quê? Do PAN. Sim, eu explico. Este partido teve, à semelhança do que os meus amigos diziam que eu tinha, uma "leita" dos diabos. Com meia dúzia de votos foi convidada (à força) a passar de oposição a governo. Do nada, estava ali para decidir (decidir como quem diz) e não para bater no ceguinho. Podia, finalmente, e entre outras suas vontades, impor a tal criação de um banco de leite. Uma instituição dedicada a coletar, analisar, armazenar, preservar e entregar leite materno doado. Pessoalmente apenas acho que a pretensão peca por ser redutora. Ainda para mais numa era em que se fomenta tanto a igualdade de género… Não consigo aceitar que se limite ao leite da mãe. Então e o do pai? Digo isto porque, nos tempos de faculdade, tinha um colega que tinha uma voz muito grossa. Um vozeirão mesmo, sabem?! E os outros diziam que ele tinha ficado assim porque tinha dois irmãos gémeos e, esgotada a mãe, viu-se obrigado a ser alimentado pelo pai. Eu não sei. Não faço ideia. Mas, pelo sim pelo não, tentei sempre falar fininho e puxar pela veia quando estava perto deles. Acredito sinceramente que fui bem sucedido. Até hoje alguns pensam que eu sou um cigano da Arrentela ou um talibã do Hamas.

Sem mas nem meio mas, foi, esta semana, o nosso presidente tentar dissuadir o representante da Ryanair a retirar um dos dois aviões da Madeira. Foi sozinho. Sem penduras. Assim que se fez à pista, puxou pelos motores e voltou a subir. Borregou, portanto. É que um tal de McGuiness, avisou logo que o problema era a subida das taxas aeroportuárias. Mania de querer tudo dado e arregaçado. Então somos ou não somos uma Singapura? Temos ou não temos casas ao preço do Mónaco? O aeroporto é que ia ser barato, não? Por mim era de mudar era de diretor comercial da transportadora. Não há ninguém que se chame McCoralStout? O que vale é que prontamente, e para sossego da população viajante, o nosso líder fez uso do microfone. "Bom dia senhoras e senhores passageiros. O Comandante Miguel Filipe de Albuquerque e sua tripulação têm o prazer de recebê-los para o voo final, com destino ao paraíso". Foi mais ou menos isto que eu percebi quando o ouvi dizer que afinal a perda não era assim tão grave. "O que diminui é apenas 5% da operação". Nenhum mal virá ao mundo. Ufa. Que leiteira.

Por estes dias também foi notícia a receção, por parte de Rubina Leal, da embaixadora dos Países Baixos em Portugal. Na altura li depressa e fiquei com a sensação de que a vice-presidente da ALM era embaixadora das partes baixas de Portugal… Que tontice! Não fazia sentido nenhum. Ao prestar mais atenção percebi que a ideia era reforçar o estreitar de laços entre as comunidades e trocar experiências e práticas na área da prevenção e sensibilização para o consumo de substâncias aditivas. Consta que a senhora Leemhuis corou de vergonha quando soube que os drogados de lá ainda nem sabiam o que era o bloom. Meninos. Não sabem a leita que têm…