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Artigo de Opinião

Deputado

25/11/2023 08:00

Estabilidade e governação para a Madeira e Porto-Santo, o mesmo que dizer estabilidade e futuro para os madeirenses e porto-santenses. Em síntese, é esta a realidade política que se vive na região com a aprovação do programa de governo para a legislatura no passado dia 17 de novembro, no primeiro órgão de governo próprio da RAM, a Assembleia Legislativa.

Alguns dirão que é pouco e que é curto. Afirmam-no não por desejo de desenvolvimento coletivo, mas porque continuam a colocar interesses e ressabiamentos pessoais ou partidários acima do bem comum e progresso social. Na verdade, com tudo o que se vive no país, na RA Açores e em muitas regiões e países da Europa, esta estabilidade é um sinal de confiança para os próximos anos nas nossas ilhas. Uma confiança que não significa acomodação nem relaxamento democrático. Pelo contrário! Considero mesmo que a democracia nunca esteve tão viva e dinâmica como agora na região. Uma maioria plural, aberta ao diálogo e disposta a ouvir diferentes opiniões é o que propomos para os próximos 4 anos. Ouvir, discutir, analisar e reformular, se for o caso, com aqueles e todos aqueles que estejam dispostos a lançar pontes e a trilhar caminhos de criação. Com aqueles que escolhem o caminho mais difícil: o caminho de fazer a política certa, a política de construir e fazer bem, fazendo o bem! A política dos que perseguem o empoderamento de uma sociedade regional socialmente mais coesa, equitativamente mais igual e conscientemente mais competitiva. Desperta para a eficiência, para a desmaterialização, para o avanço tecnológico e para um novo paradigma de desenvolvimento que da região olhe para um mundo global e conectado, como desafio e oportunidade.

É possível fazer melhor. É possível fazer diferente, renovando-se e indo ao encontro de novas dinâmicas económicas e sociais, que as gerações sub-30 visionam e almejam. Fazê-lo sem descurar nem esquecer que somos insulares, ultraperiféricos e que só pelo alargamento e aprofundamento da autonomia teremos melhores instrumentos legislativos e financeiros para continuar o caminho do crescimento e desenvolvimento. Esta estabilidade governativa confere confiança coletiva e permite encarar os próximos anos com esperança. A política tem de gerar esperança social e ser sinal de estímulo individual, enquanto fatores de motivação para todos. Os desafios são grandes. Há emprego e há economia a crescer. Todavia, a espiral inflacionista não terminou. Os preços ainda não pararam de subir e as taxas de juro não baixarão no curto prazo. Estamos cientes disso. Porém também é certo que há estabilidade e a certeza que um conjunto de políticas sociais e económicas continuarão a ser implementadas, desde a educação, à juventude, à terceira idade, aos incentivos às empresas e ao investimento público, que se traduzem em sinais de confiança para a legislatura.

Não está tudo bem. É possível fazer melhor. É isso que queremos, a eficiência política de fazer melhor. Fazer melhor em diálogo com as propostas positivas dos que pensam diferente, alargando a autonomia e edificando uma região económica e socialmente mais sustentável e mais competitiva. Há futuro!

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