Falamos de muitas situações concretas que incomodavam as nossas comunidades. O Governo Regional cumpriu a sua parte, criou uma Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa, reforçando, nessa medida, a importância que a nossa Diáspora representa, Direção Regional essa que muitas vezes se substituiu ao Estado para resolver os problemas, tanto daqueles que regressaram à Região quanto dos que, nos seus Países de acolhimento, continuam ainda hoje a enfrentar constrangimentos de vária ordem, como é o caso daqueles que se relacionam com o serviço consular.
Soubemos demonstrar que o nosso ADN nunca deixa ninguém para trás, porque soubemos trabalhar para quem aqui vivia sem esquecer aqueles que além-fronteiras honram, todos os dias, a nossa história e identidade.
Falamos das necessidades de mais ligações aéreas com as nossas comunidades e exigimos, ao Governo da República, que melhorasse o serviço e a rede consular. Defendemos propostas no parlamento regional para melhorar a vida de quem aqui regressa ou de quem escolhe a nossa Região para fazer desta a sua casa. Acompanhámos os nossos Conselheiros das Comunidades Madeirenses, estivemos presentes nos Conselhos das Comunidades Portuguesas na Europa. Desde a problemática dos passaportes para aqueles que não têm possibilidades de obter um título de viagem válido pela impossibilidade do seu País de origem dar resposta até ao tão falado Programa "Regressar" que continua sem abranger, inexplicavelmente, as Regiões Autónomas, foram muitas as bandeiras que abraçamos nesta Legislatura. Sem esquecer o esforço e as propostas que defendemos para ajudar os lesados do BANIF, assim como também o regime de Segurança Social Voluntário para nossa Diáspora.
Não foi fácil viabilizar estas propostas porque, do outro lado, tínhamos um Partido Socialista que muitas vezes concordava com as nossas posições na Madeira, mas, depois, quando as mesmas eram enviadas para a Assembleia da República, fazia tábua rasa. Os próprios deputados madeirenses eleitos pelo PS à Assembleia da República muitas vezes se levantavam para votar contra.
Tudo isso orquestrado pelos agora "foragidos" que abandonaram o parlamento regional, chumbando as nossas propostas e cumprindo a vingança pela derrota de 2019.
O Governo da República já provou não ter qualquer problema em desresponsabilizar-se pelas suas obrigações para com as nossas Comunidades, como aliás aconteceu no programa "Regressar" tantas vezes falado, ao contrário do Governo Regional.
Aqui, na nossa Região, temos uma estratégia de integração e verdadeira inclusão que começa pelas escolas - onde chegamos a ter mais de dois mil alunos que regressaram à terra dos seus pais e dos seus avós - passando por um Serviço Regional de Saúde que não deixa ninguém para trás, a par da evidente recuperação económica que também contou e se deve, em muito, a todos aqueles que, aqui regressados, investiram na Madeira, numa Região onde se pode investir com segurança e em ambiente de estabilidade.
O desafio para os próximos quatro anos é voltar a cumprir no rumo certo, sem nunca esquecermos que todos, juntos, SOMOS MADEIRA.
Queremos continuar a integrar sem discriminar e a trabalhar seguindo a estratégia de um Governo que não só sabe ser solidário como também sabe acolher e gerar mecanismos para investir e para garantir que todos contam no evoluir e na construção de uma sociedade melhor, mais justa e mais coesa. Por muito que a esquerda queira ficar com a bandeira da integração, a máscara do populismo não resiste e fica sempre demonstrado que esta esquerda não passa do maior motor da discriminação e da falta de consideração e respeito para com a nossa Diáspora.
Quem verdadeiramente demonstrou que sabe governar para todos foi este Governo Regional, sob a liderança de Miguel Albuquerque. Demonstrou e continuará a demonstrar, com o apoio de todos os Madeirenses que, longe ou perto, têm a Madeira no coração.