Numa ilha, algures no século XVII, daquelas que possuem um tesouro escondido, que o Capitão Edward (nenhuma relevância com quem escreve esta crónica) Teach comandava a seu belo prazer, foi assolada por uma praga que tirou o único ganha-pão à população da ilha. Durante o início da praga os ilhéus recolheram-se para as suas casas, as ruas da ilha, outrora cheia de movimento, encontravam-se desertas e assim continuaram por uns tempos. O Capitão Teach, recomendava que o povo continuasse em casa até as coisas melhorarem, e assim fizeram. Passado alguns meses a praga parecia ter sido ultrapassada, Teach contente com os resultados que obteve anunciou que podiam voltar ao seu ganha pão... As pessoas saíram para a rua, felizes e aliviadas pela praga ter passado. Abriram os negócios, só que as ruas continuavam desertas. O Capitão afirmava que eventualmente as coisas iam melhorar, a praga tinha sido derrotada e mais cedo ou mais tarde tudo ia voltar ao que era antes, o povo acreditou.
Os dias passaram a semanas, as semanas a meses, e não havia sinal nenhum. A praga, ao contrário do ganha pão, voltara. O Capitão, lembrando-se dos resultados obtidos da primeira vez, ordenou a população de volta a casa, mas como os efeitos do recolhimento inicial foram tão bons percebeu que podia dar uma ‘esmola’ aos ilhéus, reduziu o horário de funcionamento, mas continuavam com os negócios abertos. A sociedade contente com tal esmola não reclamou. Entretanto, mais uma vez, os dias passaram, e a praga não, o ganha pão continuava desaparecido, e o povo começava a revoltar-se. Teach via a sua arrogância aumentar de dia para dia, não procurava o tesouro pensado que o ganha-pão eventualmente voltaria, irritava-se quando questionado, não compreendia onde errara, aliás para ele nunca errara... Anunciava mais medidas descabidas, o ganha-pão por seu turno continuava a desaparecido. A população finalmente disse basta à arrogância e voltou-se contra Edward Teach, decapitou-o e colocou a cabeça bem no alto, como aviso para os próximos que vierem. Demorou, mas a praga foi extinta, mas o ganha-pão nunca mais voltou. O tesouro, anos mais tarde, foi descoberto e os ilhéus voltaram aos tempos gloriosos.
Pelo mundo...
Notas rápidas sobre o que se passa pelo mundo, temos massacres em Myanmar, a comunidade internacional olha de lado, condena, mas, como diz o Carlão, assobia para o lado. Em Moçambique, Cabo Delgado é tomado de assalto por terroristas, e a comunidade internacional, mostra-se atenta, mas até ao momento nada.
Nos Estados Unidos voltaram os massacres com armas automáticas, é um exercício engraçado ver quem defende que este tipo de armas deva de ser considerado um direito, acho que os ‘founding fathers’ andavam a disparar tais armas na altura quando fizeram a constituição do país.
Por cá, continuamos com a pandemia à perna, Costa anuncia/justifica medidas à saída de reuniões do Infarmed, conselho de ministros, Albuquerque numa visita a uma exploração agrícola ou a uma fábrica de queijo. Tenho genuína curiosidade para saber, se quando tivermos uma crise agrícola Albuquerque vai anunciar as medidas de combate a essa crise à saída do SESARAM.
Entretanto a Groundfource, parece que será a última a entrar na roda-viva de privativa/nacionaliza, que PS e PSD/CDS nos têm habituado nos últimos anos.
Enfim... Até para o próximo mês.