Como disse Miguel Silva Gouveia no último debate televisivo, o projeto para um município ou freguesia não se perspetiva apenas por quatro anos. Na realidade, são quatro anos para planear e executar iniciativas, projetos e obras integrados em estratégias de médio e longo prazo, em alguns casos com reflexos para toda a vida da nossa sociedade e que abrangem todos os setores e todas as faixas etárias. Iniciativas, projetos e obras não apenas para alguns, mas para todos, de acordo com as necessidades da população e que não deixem ninguém atrás.
Sabemos que, desde 2013, nas Câmaras onde o PS governa, as pessoas vivem melhor e com mais qualidade de vida. São maiores os apoios e as oportunidades em áreas como a educação, desde transporte e material escolar, acesso a manuais gratuitos para todos, bolsas de estudos para universitários, entre muitos outros apoios ao nível da educação e que a tornam progressivamente gratuita. Só assim será possível efectivar a igualdade de oportunidades e promover a ascensão social que apenas a educação garante. Na habitação, temos o grande exemplo que a Câmara Municipal do Funchal deu ao longo destes quatro anos, ao eliminar o amianto nas suas habitações e construindo novas, uma exigência europeia e que se efetivou a nível local através da atuação de autarcas determinados. São inúmeros apoios, iniciativas, projetos e obras ao nível das acessibilidades, das águas e saneamento básico, do urbanismo, , da proteção civil, dos apoios sociais, da cultura, do desporto, da juventude do ambiente e do envelhecimento ativo que todos reconhecemos e valorizamos.
São os nossos autarcas que têm passado das palavras aos actos e concretizado o lema "Pensar Global, Agir Local". Em toda a União Europeia, com a aprovação do próximo orçamento comunitário 2021-2027 e do Next Generation EU, que se materializa no Plano de Recuperação e Resiliência, a tão esperada "bazuca Europeia", foram definidos os objetivos para a próxima década: uma UE mais preparada para a emergência climática, para a transição digital, para uma transição justa que não deixe ninguém para trás. Agora, nos 27 países da União Europeia e para os 446 milhões de europeus, serão os autarcas a concretizar estes desafios a nível local.
É também por isso que a escolha que fizermos a 26 de setembro marcará não apenas os próximos quatro anos, mas também as próximas décadas. Enquanto atravessamos esta pandemia, procuramos evitar outras futuras ameaças pandémicas, e preparamos a resposta necessária à emergência climática que enfrentamos, a escolha deverá recair sobre aqueles com as melhores propostas e as melhores equipas para levarem os municípios e freguesias a bom porto, a responderem aos desafios prementes, sem esquecer a necessidade de planear o futuro. Este não é o tempo para regressarmos a escolhas e a rumos menos felizes do passado.
As eleições autárquicas são, tradicionalmente, as eleições mais participadas e é importante que todos voltemos a dar esse exemplo de envolvimento e participação cívica no próximo domingo. Estamos numa altura decisiva, com prioridades bem identificadas para que seja possível dar melhores condições de vida a todos e não apenas a alguns, por um futuro com um horizonte de esperança para os mais novos, salvaguardando as necessidades do dia-a-dia dos cidadãos e garantindo a proteção dos mais vulneráveis, como os nossos idosos. Votar, além de um direito e de um importante dever cívico, é a nossa maior oportunidade para decidirmos que futuro queremos e para reafirmarmos que confiamos no bom trabalho desenvolvido pelo poder local, ou exigirmos mudanças onde forem necessárias. Por isso mesmo, no próximo dia 26 de setembro não fique em casa e vote com Confiança no futuro.
Sara Cerdas escreve
ao domingo, de 4 em 4 semanas