Quando questionava a minha mãe sobre comportamentos de poupanças “exagerados” de conhecidos, que tinham algum poder económico, a minha mãe respondia: “Quem mais tem, mais quer!”.
Fomos, erradamente, educados que iríamos, com a idade, melhorar o nosso poder económico: ganhar mais, ter as nossas casas pagas, entre outras coisas. Sabíamos lá...que o Banco Central Europeu ou uma guerra no outro lado do mundo, influenciaria as nossas finanças.
Portugal é o país da Europa com mais emigrantes. Muitos deles, jovens formados nas nossas universidades, procuram lá fora a regra de “melhorar de vida com a idade”.
Viver em Portugal não garante que se vá viver bem! Na Madeira, ainda pior.
Muitos de nós, com mais ou menos dificuldades, fomos ficando cá.
Quem tem a obrigação de melhorar a nossa vida são os políticos. São estes que têm de lutar para nos dar condições e manter o país vivo. Tudo começa com a eleição da Assembleia da República ou das Assembleias Legislativas Regionais.
Mas...
Este ano, vamos ter três atos eleitorais, por falhas destes representantes, escolhidos pelos seus partidos políticos e eleitos por nós. Não conseguiram cumprir a duração total do mandato. Duas destas eleições antecipadas foram causadas por problemas judiciais.
A base das queixas e das suspeitas são essas pessoas estarem envolvidas em esquemas ilegais, para benefícios próprios. Quanto mais têm, mais querem?
Os ordenados destas pessoas são adequados. Esses rendimentos chegam, perfeitamente, para terem uma vida melhor que a maioria.
Olhando estes factos, sinto que os nossos políticos estão a caminhar sobre um terreno pantanoso. Ninguém parece saber onde coloca os pés.
É verdade que estamos na geração dos narcísicos, mas parece que estes já nem conseguem ver a sua própria imagem na água suja.
Estarão alguns políticos de Portugal a serem apanhados pela sua vaidade?
“Eu não disse isso!” “Eu não me lembro disso!” “Sempre disse isso!” “Eu não acredito!” “É tudo inventado!”
Nos últimos meses, vi acusações graves, entre representantes de partidos políticos com generalizações perigosas.
A urgência de aparecer. A garantia de ter tempo de antena...
Serão as visualizações dos meios de comunicação que garantem votos nas eleições? Medíocre! Comportamentos que provocam a descrença na política.
A polémica à volta da escolha de nomes para as próximas eleições é outro facto.
Lembrou-me “O jogo das cadeiras”. Quem fica sem “cadeira”, perde o jogo.
Serão os melhores, aqueles representantes dos partidos que lutam para nunca “perder uma cadeira”?
Qual é o objetivo dos partidos?
Neste momento, parece ser, garantir lugares de eleição para os seus preferidos.
É difícil voltar ao trabalho anterior e fazer o que faziam antes? Ganhavam menos? Existe a profissão de político eterno?
Porquê que os eleitos, sem profissão anterior, não podem ficar desempregados?
Se criássemos regras, em relação ao tempo de mandatos e número de candidaturas, as coisas poderiam melhorar.
Há quem já tenha passado por muitas “cadeiras”. Para quê?
Existir tempos máximos para exercer um cargo político, evitaria os desvios do objetivo principal, que é: Melhor a vida de todos reduzindo as desigualdades.
Quando concordei em colaborar com um partido político, ouvi de quem me convidou uma regra importante: “Na Política não há gratidão!”
“Se o povo não pode confiar no seu governo para fazer o trabalho para o qual ele existe – proteger a população e promover o seu bem-estar – tudo está perdido.” Barack Obama
“É preciso romper com as políticas da maioria absoluta.” Mariana Mortágua