Ontem, sábado, saiu à rua a Marcha do Orgulho LGBTI. Antes, já na quinta, tínhamos tido, por cá, uma marcha atrás. Ou melhor, um show de travesti. Pelo menos foi a sensação com que fiquei...
A sério, pela capital, comemoraram-se os 25 anos da Marcha e foram lembrados os 50 anos da publicação do Manifesto “Liberdade para as Minorias Sexuais” com a descida da Avenida da Liberdade para, segundo o seu responsável, “mostrar que, apesar das forças que nos tentam ameaçar, não só com discursos de ódio, mas com ações de ódio violentas, que não nos vão voltar a enfiar no armário”. E eu acho bem. Confesso. Até porque temo que já não haja assim tanto roupeiro livre. Pelo menos a ver pela quantidade de gente que era esperada no certame.
Falava, a organização, em mais de 35 mil almas. E eu fico triste e feliz por isso. Eu explico. Por um lado, triste, porque ainda há uns anos, um tal de Paulo Brito promoveu uma manifestação contra a subida dos preços dos combustíveis (problema que se mantém actual) e o único que apareceu junto da Assembleia Legislativa da Madeira foi o próprio.... Fica então reforçada a ideia de que o que realmente queremos é que nos baixem as calcinhas.
Por outro lado, feliz fico porque, não tarda e deixam de ser uma minoria e depois é fazer o mesmo aos heteros. Apontar-lhes o dedo. Do meio, de preferência. Gozar na cara deles. Sei lá. O que apetecer. Até dar uma mãozada a olhar para o lado, como há dias me fizeram. Bolas. Doeu-me tanto. Já nem jantei depois disso... Mentira. Repeti 3 vezes! É que de coração partido eu ainda sobrevivo, mas de estômago vazio? Nem morto. Enfim...
Mudando de assunto, e antes que me caiam as lágrimas e me reabra o apetite, falemos de machões. Sim, essa espécie rara que, de há uns meses a esta parte, foram dizendo “não, não e não” à viabilização de um governo liderado pelo seu (quer queiramos, quer não) legítimo e eleito líder, afinal mudaram de ideias. Bastou, para isso, meia dúzia de chamadas idênticas àquelas de valor acrescentado que do outro lado do auscultador sussurram palavras meigas de forma sensual, uns “dates” à luz das velas e umas quantas medidas introduzidas no pacote (salvo seja) e voilá... Fizeram jus ao nome do novo sistema de transportes interurbanos de passageiros na Madeira e no Porto Santo. Siga!!! Só que neste caso não é Freitas. É mesmo siga Albuquerque.
A única que manteve a palavra foi uma tal de Magna Costa. Ei... Calma! Eu estou a elogiar, mas não quero cá confusões. É que consta que o marido não está para meias medidas e até já apertou o pescoço a um que o tem maior que o meu e de cabeça lisinha. Se é verdade ou não, eu não faço ideia. Não estava lá. Mas que dizem, dizem. O que eu realmente sei é que, para a deputada, e ao contrário dos seus colegas, não, não é sim. Não, não é talvez. Não, não é logo se vê. Para ela, não é mesmo não!
Já para Miguel Castro, Hugo Nunes, Celestino Sebastião e Nuno Morna? Esses mostraram dispor de mais vocabulário. Ou isso ou decidiram, também eles, sair do armário. E estão no seu direito. Agora era só o que faltava não poderem fazer o que bem lhes apetecer e convier! Força pessoal.
Aproveitem bem estes 4 aninhos. É que se estiverem a pensar voltar a ir a votos, temo que quem vos elegeu, aprendida a lição, faça o mesmo que vocês fizeram agora. Optem pela abstenção!