Em primeiro lugar permitirá a aproximação e o fortalecimento da região com a sua diáspora nos Estados Unidos, cujos fluxos migratórios a partir da Madeira remontam a 1850 e que tiveram como principais destinos o Havai, a Costa Leste (principalmente Fall River e New Bedford no estado de Massachusetts) e San Diego no Sul da Califórnia, onde os primeiros emigrantes se dedicaram sobretudo à agricultura, pecuária e à pesca.
De acordo com o último censo americano, de 2009, residiam cerca de 1,5 milhão de portugueses e luso descendentes nos Estados Unidos, representando a comunidade madeirense uma percentagem de 3 a 5% deste total.
Em segundo lugar potenciará o setor turístico regional, tendo em consideração o elevado poder aquisitivo do turista norte americano.
Por último, e não menos importante, poderá permitir o aprofundamento e incremento das relações comerciais centenárias existentes entre a Madeira e os Estados Unidos - não esquecer que a independência dos Estados Unidos foi brindada com Vinho Madeira.
No ano de 2019 as exportações de bens da região para os Estados Unidos alcançaram o valor de 9,5 milhões de euros, tendo decrescido no ano de 2020 para 5,5 milhões, descida justificada pela pandemia.
A existência de voos diretos, para além do aumento de turismo, como foi atrás referido, também poderá despoletar indiretamente novas oportunidades, nomeadamente na área do imobiliário e turismo residencial, bem como na exportação de serviços, vinhos e de outras bebidas alcoólicas.
Se considerarmos a dimensão da economia norte americana e o elevado poder de compra de uma parte substancial dos seus cidadãos, o aproveitamento das sinergias geradas por este voo direto semanal poderá ser apenas o início de um sonho americano para alguma empresas madeirenses em particular e, globalmente, para a economia da Madeira.