MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Directora Business Development

23/05/2022 08:00

E em especial, dos portugueses em viagem pelo mundo, uns em viagens curtas de breves meses e outros em viagens um pouco mais longas, contadas em décadas, os portugueses que partiram em busca de melhores condições de vida e que (muitos deles) anseiam voltar um dia - falo da nossa emigração.

Mas hoje o tema é transversal a todos, portugueses residentes e não residentes em Portugal, portugueses que trabalham e que fazem as suas vidas dentro e fora do país, atentos ao que lhes rodeia.

Vivemos num mundo rápido, em que tudo acontece no imediato e vivemos mais do que nunca dependentes do mundo digital, que nos acompanha no bolso, ou na carteira para onde quer que vamos, lá está o nosso telemóvel ou a televisão em nossas casas ou num café, que nos liga ao mundo em milésimos de segundos. Nunca estivemos tão informados como hoje, sobre tudo o que se passa no mundo. A distância do acontecimento não condiciona a rapidez da divulgação da mesma. Acompanhamos ao minuto uma pandemia mundial, abrindo telejornais várias vezes ao dia - sabíamos quantos eram os números de infetados e mortos em Portugal, na China, nos EUA, na Argentina. Seguiram-se os acontecimentos de guerras pelo mundo, com muita intensidade e precisão, acompanhados de outros acontecimentos tristes e negativos, que não mudam em nada a nossa vida, não mudam em nada o nosso dia a dia, mas colocam o nosso cérebro num estado de alerta constante, de forma desnecessária e prejudicial para o nosso estado emocional e para o nosso organismo.

Não precisamos de estar a par de tudo a toda a hora, não precisamos de ouvir tanta informação negativa, não nos faz bem e não somos mais felizes por isso, antes pelo contrário, ficamos mais angustiados, deprimidos e criamos uma sensação de medo, que poderia ser evitada.

A relação de dependência que hoje em dia vivemos com o nosso telemóvel e as redes socias, coloca-nos num estado de ansiedade, que controla as nossas emoções e nos guia para sensações que gerem as nossas hormonas do stress, da felicidade, do prazer, entre outras de forma incrível e difícil de imaginar.

O ser humano não está desenhado para viver em estado de alerta constante, por isso é importante conhecermo-nos bem e sabermos as formas que nos curam, que nos transmitem paz, que nos fazem mais felizes de forma simples. O contacto com a natureza, o andar descalço em cima da relva, o apreciar sem pressa a um pôr do sol num fim de tarde, valorizar um abraço e uma boa conversa cara a cara, respirar fundo a brisa fresca do mar, ler um livro, um jornal, escrever poesia, praticar desporto e manter-se em forma, disfrutar de uma boa caminhada e deixar-se levar pelo que o rodeia, meditar, ouvir música, encontrar-se numa pintura, num jogo de futebol entre amigos. É importante encontrarmos os nossos mecanismos que nos fazem bem, que nos fazem felizes.

Precisamos de valorizar notícias que transmitem esperança, alegria, conforto, de forma vibrante e que possa transmitir um sentimento de paz ao nosso cérebro. Iremos com toda a certeza produzir mais e seremos mais eficientes. Estaremos em melhores condições para ajudarmos os que mais precisam e fazermos a diferença no que realmente estiver ao nosso alcance.

É com alegria que vejo a comunidade madeirense no Reino Unido a preparar-se para celebrar o Dia da Madeira, no próximo dia 2 de Julho em Londres. Precisamos de momentos de festa, confraternização e de alegria, para podermos ser mais felizes.

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