Apesar de ter apoiado a candidatura de José Luís Carneiro, que, embora não tenho alcançado a vitória a nível nacional, foi o socialista que agregou mais votos na Região nas eleições internas do PS, Paulo Cafôfo assegurou que o partido está unido e que estará “incondicionalmente” ao lado do novo secretário-geral, eleito ontem 62% dos votos.
“Estamos juntos nos desafios que Pedro Nuno Santos e o próprio partido terão pela frente”, garantiu em reação aos microfones da 88.8 JMFM, o presidente dos socialistas madeirenses , que já congratulou o ex-governante pela sua vitória, o qual acredita que “será o próximo ministro do país”.
“E para isso terá o meu apoio incondicional e do PS -Madeira. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, com muita força, coragem e determinação, para que o percurso que tem sido feito ao longo destes oito anos possa ter continuidade, porque ficou demonstrado que o PS faz bem a Portugal”, aditou, saudando ainda a dinâmica das eleições internas, que foram “muito disputadas e discutidas”, o que “só fez bem ao partido”.
“Discutiu-se a vida interna do Partido Socialista, mas, acima de tudo, discutiu-se o país e as ideias que o partido tem para o país. Apesar das divergências, diria que estas não são divergências de fundo e aquilo que ficou bem plasmado é que temos tanto pessoas como ideias para Portugal”, continuou.
Findado este ato eleitoral, Paulo Cafôfo aponta que os socialistas estão “todos coesos e mobilizados para que o partido possa ganhar as eleições de 10 de março”.
Já sobre a relação que será mantida entre a estrutura nacional e o PS-Madeira, o líder regional do partido afirmou que será realizado um trabalho conjunto, “com a construção de um programa eleitoral onde as questões da Madeira sejam questões de relevância para colocar não só no programa, como na agenda política nacional”.
“O reforço da autonomia é fundamental, seja nas questões da Lei das Finanças Regionais, seja na própria mobilidade, seja mesmo naquilo que é a ação do Estado de solidariedade para com as regiões autónomas, particularmente a Madeira. Sei que Pedro Nuno Santos tem essa visão de reforço da nossa autonomia. Portanto, aqui estaremos para colaborar e juntos construirmos um bom programa, mas acima de tudo um Governo de Portugal que aprofunde e melhore a vida dos madeirenses”, atestou.
A este propósito, não deixou de tecer críticas ao atual executivo madeirense, cuja ação, aos seus olhos, tem atirado a Região para a “cauda do país”, mormente no concernente à pobreza, às questões de igualdade, à educação e à qualificação.
“Com o objetivo e o compromisso de em 2027 sermos governo da Região, podemos construir uma solução de governo que possa trazer outra dignidade que bem merece este povo já com mais de 600 de história”, rematou.