Venezuela, Brasil e Reino Unido têm sido os países de origem da maior parte dos imigrantes que residem atualmente no Funchal, mas a vereadora Ana Bracamonte admitiu hoje, em declarações aos jornalistas, que o paradigma está a mudar.
Referindo-se às comunidades provenientes do sudoeste asiático, disse que, ainda este ano, estão previstos contactos com alguns empresários, por forma a promover cursos de língua ou formação de língua não materna junto dos trabalhadores que escolheram a Madeira.
“Sabemos a importância da mão de obra ou a necessidade da mão de obra que temos neste momento e a importância da chegada destas pessoas. A primeira barreira é a da língua e a Câmara quer promover, mais uma vez, em rede, junto dos empresários, junto de outras entidades governamentais, nomeadamente a Secretaria Regional da Educação, a promoção da língua portuguesa como o primeiro passo para a integração destas pessoas”, disse a autarca.
O município funchalense - onde vivem 7 mil migrantes, de 123 nacionalidades diferentes - associou-se este ano pela primeira vez, à programação da Semana da Interculturalidade, promovida pela EAPN-Portugal, no âmbito do qual está a promover algumas iniciativas, de que é exemplo a Conferência das Migrações ‘Políticas de Integração’ a decorrer hoje na Sala da Assembleia Municipal.
A vereadora Ana Bracamonte, deu a conhecer o estudo de diagnóstico que o Município realizou pela primeira vez, com o objetivo de trabalhar sobre dados concretos e menos em percepções, bem como o microsite, alojado no site da autarquia, através do qual procura promover a proximidade com as comunidades migrantes.