O líder do Chega-Madeira manifestou-se hoje “preocupado com o estado atual da animação no setor da hotelaria”.

Em comunicado, alerta que “está instaurado um clima de descontrolo e ‘faroeste’, que afeta não só os trabalhadores, mas também a qualidade do destino Madeira”.

Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira e cabeça de lista às eleições de 26 de maio, diz que “uma das raízes do problema está no facto de que, no momento atual, qualquer pessoa pode registar-se no serviço de Finanças como músico ou animador, sem ter de apresentar prova de formação ou experiência profissional nessa área”.

“Quando se registam como músicos, por exemplo, ficam capacitados para emitir recibos de prestação de serviços como tal. O que tem acontecido é um aumento significativo das pessoas que se apresentam como músicos ou animadores junto das unidades hoteleiras, aceitando trabalhar por valores irrisórios e em condições pouco dignas, quando, na verdade, nem o são”, adianta.

Na perspetiva do Chega, esta é uma situação de concorrência desleal que “está a prejudicar a vida pessoal dos artistas que investiram na sua formação e que estão certificados, mas são rejeitados pelos hotéis porque exigem salários condicentes com a sua qualidade e condições dignas de trabalho”.

“Os hotéis estão a virar-se para quem faz mais barato e os artistas que passaram anos a fazer formação, a estudar e a investir no seu crescimento profissional, inclusivamente no Conservatório da Madeira, são preteridos. Isto é desumano e também está a afetar a qualidade do destino, pois muitos dos pretensos músicos e animadores mais não fazem do que recorrer a gravações prévias, em vez de oferecerem animação genuína e ao vivo”, sublinha o candidato do Chega.

O partido alerta “para casos de burla e pede às entidades fiscalizadoras e às unidades hoteleiras, em especial ao grandes grupos, critérios mais elevados de contratação e maior atenção às pessoas que estão a empregar para a animação”.