O Grupo de Coordenação Local da Iniciativa Liberal Madeira expressou, em comunicado, a sua preocupação com o atraso na revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Machico, “a ser feita há mais de 10 anos”, que “afeta profundamente o desenvolvimento do concelho e a qualidade de vida dos seus habitantes.”
Na nota emitida esta segunda-feira, a IL Madeira defende que Machico precisa urgentemente de um Plano Diretor Municipal atualizado, dado que a ausência de um quadro atualizado de regras e índices de construção tem dificultado o acesso à habitação, especialmente para os jovens casais, que enfrentam grandes desafios para encontrar casas acessíveis e adequadas.
Este problema tem contribuído para “o êxodo de residentes para outros municípios mais atrativos e próximos”, agravando o despovoamento de Machico, aponta.
A IL diz ainda que a falta de aprovação do novo PDM gera também instabilidade no mercado imobiliário, fazendo com que investidores hesitem em avançar com projetos devido à incerteza regulamentar, atrasando investimentos importantes na construção e reabilitação urbana. Sem novos empreendimentos, a oferta habitacional permanece estagnada, alimentando a escalada dos preços e torna ainda mais difícil para as famílias jovens estabelecerem-se no concelho.
“Além disso, o prolongado atraso na entrada em vigor de novas normas impede o ordenamento adequado do território. Sem um PDM atualizado, Machico corre o risco de se tornar um município sem uma estratégia clara para o seu futuro, dificultando a sua capacidade de competir com outros concelhos na atração de população e investimento”, refere António Nóbrega, do Grupo de Coordenação Local da Iniciativa Liberal Madeira.
A IL Madeira considera que a Câmara Municipal de Machico deve priorizar a conclusão e aprovação do novo PDM, uma vez que o plano é essencial para atrair investimentos, promover o acesso à habitação a preços justos e oferecer aos jovens casais uma oportunidade de construir a sua vida em Machico.
“Sem uma solução célere, o concelho continuará a enfrentar o despovoamento e o atraso económico, comprometendo o seu desenvolvimento e o bem-estar das futuras gerações”, conclui António Nóbrega.