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“Nos 50 anos do 1º de maio, quem fez a Revolução de Abril esperaria que estivéssemos hoje melhor” (com fotos e vídeo)

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
01 Maio 2024
11:38

Serão menos a se manifestar hoje pelas ruas do Funchal em mais um Dia do Trabalhador, após as conquistas do 25 de abril, há 50 anos. Mas as vozes são audíveis: “Não à precariedade, queremos estabilidade”, “A saúde é um direito”, “35 horas de trabalho”, entre outras reivindicações que algumas centenas defendem nas ruas do Funchal, na concentração organizada pela CGTP, com início pelas 10h30 junto à Assembleia Legislativa da Madeira e saída em manifestação até ao Jardim Municipal.

Alexandre Fernandes, coordenador da CGTP na Madeira, lamenta que os problemas dos trabalhadores sejam os mesmos de há 50 anos. “Infelizmente, os problemas mantêm-se hoje repetem-se de ano para ano”, nomeadamente a precariedade laboral, agravada atualmente, com o aumento do custo de vida, “com um impacto tremendo na vida e nos salários dos trabalhadores”, bem como “as jornadas longas de trabalho em setores como a construção civil, hotelaria e restauração”.

Os jovens são também muito afetados pelos problemas laborais, com falta de perspetivas para estes.

O sindicalista reforçou que “infelizmente, o que vemos é que o que dizemos sobre o 1º de Maio é que nada se alterou. Nos 50 anos deste 1º de maio, após o 25 de abril de 1974, quem fez a revolução esperaria que estivéssemos hoje numa situação diferente, mas as notícias não são as melhores e muitas das reivindicações de 74 mantêm-se presentes”.

As políticas governativas têm falhado nas respostas aos anseios dos trabalhadores, considerou ainda, como nas questões do aumento salarial, conciliação da vida pessoal e profissional, horários laborais, melhores condições de trabalho, entre outras. “Não tem havido a preocupação de cuidar dos trabalhadores. São-lhes dadas migalhas e são-lhes exigido muito”.

Alexandre Fernandes admite que os trabalhadores têm vindo a perder voz reivindicativa nas ruas. “Há algum desalento, mas, no essencial, mantemos o papel reivindicativo nas organizações sindicais.

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