Os deputados do PSD/M eleitos à Assembleia da República votam contra o Orçamento do Estado 2024 no pressuposto de que “os pontos positivos não são suficientes” para votarem a favor.
“Ainda que tenhamos de reconhecer alguns ganhos e avanços neste Orçamento do Estado que vão ao encontro das aspirações dos Madeirenses - e independentemente das motivações que estiveram na base da postura do PS - a verdade é que as melhorias introduzidas são, todavia, insuficientes para conseguimos ter um orçamento equilibrado, justo e promotor de um novo ciclo de desenvolvimento para Portugal e que deixa o País e os portugueses mais pobres, uma sociedade mais desigual e uma classe média mais destruída. E é por isso que os deputados do PSD/M eleitos à Assembleia da República vão votar contra” reiterou Patrícia Dantas, naquele que é o último dia de um longo processo em torno da discussão e aprovação do Orçamento do Estado para 2024.
A deputada considera que o OE2024 “arrancou muito mal quando foi apresentado na generalidade porque era omisso relativamente aos dossiês mais prementes para a Madeira”, mas reconhece que, na fase da especialidade, que agora termina, “registou algumas melhorias”.
Entre outros exemplos dessas melhorias com impacto na vida dos madeirenses e dos porto-santenses, Patrícia Dantas destaca a prorrogação da autorização das licenças de novas empresas na zona Franca da Madeira a partir de 1/01/2024, a suspensão do imposto único de circulação para os veículos com matrícula antes de 2007, assim como a possibilidade de manutenção do regime de residentes não habituais.
Foi também muito importante, na perspetiva da deputada “a redução do imposto especial sobre o consumo nas bebidas produzidas na Região tais como o rum, termos aprovado a não aplicação, na Madeira, da contribuição extraordinária do alojamento local e termos garantido a introdução de benefícios ao nível do IRS nomeadamente enquadrados no estatuto dos benefícios fiscais para a promoção da investigação científica e inovação, área em que a Madeira tem tido um papel relevante e crescente”.
A resolução de parte das dívidas fiscais que o Estado tinha para com a Madeira, a curto prazo e na ordem dos 15 milhões de euros, foi outra das questões destacadas pela deputada. Por outro lado, Patrícia Dantas lamenta “que grande parte dos dossiês se mantenha por resolver entre a República e a Madeira”.
“Os anos vão passando e o PS, no poder há 8 anos, não facilita a vida aos Madeirenses e Porto santenses e perpétua muitos dos nossos problemas, recusando-se a aprovar propostas do PSD Madeira tais como a regulamentação do subsídio social de mobilidade, o transporte marítimo de passageiros, o pagamento da dívida do Estado referente aos subsistemas de saúde dos militares, da PSP e da GNR, a redução das taxas aeroportuárias, o subsídio de insularidade para os trabalhadores do Estado que vivem nas regiões autónomas, a majoração IRS das despesas com rendas dos estudantes universitários e a atualização do valor da obra do novo hospital à inflação, entre muitas outras”, considera.