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Taxa de risco de pobreza na Madeira baixou 5,7% face a 2022

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
03 Dezembro 2024
11:50

A taxa de risco de pobreza na Madeira baixou 5.7% no ano passado, face a 2022. É o valor mais baixo desde 2017, de acordo com a série para esta variável, compilada pela Direção Regional de Estatística da Madeira. A linha de pobreza nacional foi de 16,6% no País em 2023 (menos 0,4 pontos percentuais – p.p. – face a 2022), sendo que na RAM atingiu os 19,1% (-5,7 p.p. que em 2022).

Saliente-se que a taxa de risco de pobreza corresponde à proporção da população cujo rendimento equivalente se encontra abaixo da linha de pobreza, ou seja, dos 7.588 euros anuais, que corresponde a 60% do rendimento monetário líquido anual mediano por adulto equivalente para Portugal.

Segundo a DREM, a taxa de risco de pobreza com linha de pobreza nacional reduziu-se em seis das nove regiões do País: no Norte, Oeste e Vale do Tejo, Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma dos Açores (RAA) e na RAM. Apenas as regiões Centro, Península de Setúbal e Alentejo registaram aumentos face a 2022. O valor mais baixo foi registado na Grande Lisboa (12,9%) e o mais elevado na RAA (24,2%). A região do País com maior redução da taxa de risco de pobreza foi a RAM (-5,7 p.p.), seguida do Algarve (-3,3 p.p.) e do Oeste e Vale do Tejo (-2,0 p.p.). Por sua vez, o maior aumento foi no Alentejo (+2,1 p.p.), seguido da Península de Setúbal (+1,8 p.p.) e do Centro (+1,6 p.p.). A taxa de risco de pobreza pode também ser calculada com base nas linhas de pobreza regionais, que têm a vantagem de refletir diferentes condições socioeconómicas, nomeadamente, diferentes níveis de custo de vida. Em cada região NUTS II, a linha de pobreza regional corresponde à proporção de habitantes nessa região que vivem com rendimentos monetários disponíveis equivalentes inferiores a 60% da mediana da distribuição dos rendimentos monetários disponíveis equivalentes dessa mesma região. A linha de pobreza regional passou de 6371 euros anuais em 2022 para 7 240 euros em 2023, correspondente a 60% da mediana do rendimento por adulto equivalente na Região (10 618 euros em 2022 e 12 066 euros em 2023).

A taxa de risco de pobreza calculada com base nas linhas de pobreza regional da RAM, que corresponde a 60% do rendimento monetário líquido anual mediano por adulto equivalente na Região, fixou-se em 17,0%. Neste indicador, a região Oeste e Vale do Tejo registou o valor mais baixo (13,9%), enquanto a Península de Setúbal (20,0%) e a Grande Lisboa (19,2%) surgem com a percentagem mais elevada, seguidas pela RAA com 18,3% e pela RAM, com 17,0%.

De salientar que estes dados agora divulgados resultam do Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos das Famílias, cujos questionários foram realizados pela DREM entre abril e julho de 2024 a uma amostra de 3.055 alojamentos. Os indicadores relativos à pobreza e desigualdade económica foram construídos com base no rendimento monetário anual líquido de 2023, excluindo-se outras fontes de rendimento, nomeadamente o salário em géneros, o autoconsumo, o autoabastecimento e a autolocação.

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