A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, exigiu hoje a “libertação imediata” do ativista luso-descendente Williams Dávila, detido na quinta-feira após participar em Caracas numa manifestação em que centenas de pessoas pediram a libertação dos presos políticos.
A informação foi transmitida à agência noticiosa espanhola Efe pelo advogado criminalista e defensor dos direitos humanos Rafael Narváez.
“No dia 08 de agosto, o nosso amigo e colega, o ex-governador de Mérida, Williams Dávila, foi sequestrado pelo regime”, escreveu María Corina Machado na rede social X (antigo Twitter).
Dávila foi “intercetado” por “uma carrinha sem placas de matrícula e duas motorizadas”, em que viajavam funcionários que não ostentavam identificação de qualquer órgão de segurança do Estado, indicou Narváez.
Machado apelou também para a libertação imediata dos “presos políticos”, depois de vários líderes ligados à maior coligação da oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), terem sido detidos nos últimos dias, na sequência das eleições de 28 de julho.
Na quinta-feira, centenas de venezuelanos manifestaram-se em Caracas pela libertação dos seus concidadãos considerados presos políticos e para repudiar “a repressão” desencadeada pelos protestos contra o resultado oficial das eleições presidenciais de 28 de julho, que deu a vitória ao atual Presidente da República, Nicolás Maduro, o que foi questionado dentro e fora do país.
Em setembro de 2017, o Tribunal Interamericano dos Direitos Humanos (TIDH) aprovou medidas cautelares de proteção para o ex-deputado luso-venezuelano e ex-governador do Estado de Mérida, Wllliams Dávila, após este ter denunciado estar a ser perseguido.
O TIDH ordenou ao Estado venezuelano que adotasse todas as medidas necessárias para garantir a vida e integridade de Williams Dávila.