MADEIRA Meteorologia

PM escocesa aconselha Liz Truss a demitir-se por "crise autoinfligida"

JM-Madeira

JM-Madeira

Data de publicação
17 Outubro 2022
17:10

A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, reiterou hoje o pedido de demissão dirigido ao Governo britânico devido a uma "crise autoinfligida", no decurso da apresentação da sua visão económica de uma Escócia independente.

Num discurso na Bute House, a sua residência oficial, Sturgeon qualificou de "desastre financeiro" a atual situação económica do Reino Unido, na sequência do plano revelado pelo novo ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt.

Durante a sessão, a líder escocesa apresentou o esboço político-financeiro na perspetiva de uma Escócia independente, que inclui um regresso à União Europeia (UE) e uma moeda própria, a libra escocesa.

Momentos antes, o Governo britânico tinha revelado as novas medidas económicas que anulam a quase totalidade do plano económico previamente anunciado, numa nova viragem do Governo conservador de Liz Truss.

Sturgeon insistiu na demissão do Executivo "o mais depressa possível", ao referir-se a "uma crise autoinfligida, humilhante e sem precedentes". Susteve ainda que a situação no Reino Unido "não é passageira" e "arrasta a Escócia pelo caminho errado, sem que o tenha decidido".

O Governo escocês pretende realizar um novo referendo sobre a independência dentro de um ano, em 19 de outubro de 2023, nove anos após o "Não" à independência se ter imposto por 55 por cento contra 45%, numa consulta em que a incerteza económica foi decisiva no resultado da votação.

Na perspetiva de Sturgeon, uma Escócia independente teria um Banco central desde o primeiro dia, e uma moeda própria, a libra escocesa, "logo que seja possível", mantendo inicialmente a libra esterlina.

"Recuperaríamos a liberdade de movimento" com o acesso "ao mercado único, sete vezes maior que o britânico", argumentou a chefe do Executivo escocês nas suas declarações.

Segundo os últimos dados oficiais, a atividade comercial com países da UE abrangeu 19% do total, enquanto as transações com o resto do Reino Unido representaram 60%.

Os opositores à secessão da Escócia consideram que o documento apresentado por Edimburgo é "incapaz de revelar detalhes sobre a moeda, o pagamento de pensões e os efeitos devastadores de uma fronteira com o resto do Reino Unido", agumentou a porta-voz dos conservadores para as questões económicas, Liz Smith.

"Não aborda as questões fundamentais que sempre foram colocadas" no caso de uma eventual independência, e "é absurdo pretender-se que os escoceses" votem pela secessão "sem que nenhuma destas perguntas tenha sido respondida", acrescentou Liz Smith.

LUSA

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Acha que o regresso do gado às serras podia ser importante na estratégia de prevenção de incêndios?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas