Uma manifestação hoje, em Istambul, na Turquia, de apoio à causa palestiniana e contra o “terrorismo do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e de Israel” reuniu dezenas de milhares de pessoas, noticia a agência AFP.
Segundo a agência de notícias francesa, que cita a congénere turca, a Anadolu, os manifestantes responderam a um apelo de uma plataforma de mais de 300 organizações e associações para se reunirem sob o lema “Misericórdia para os nossos mártires, apoio à Palestina, maldição para Israel”.
A multidão, munida de bandeiras turcas e palestinianas, começou a convergir antes do amanhecer para a ponte Galata, que atravessa o Corno de Ouro ao longo do Bósforo e se estende também ao longo do lado europeu de Istambul, entoando “Morte a Israel, Fora da Palestina” e “Deus é grande”, refere a AFP.
No final de dezembro, o exército turco perdeu 12 soldados em dois atentados atribuídos ao PKK no norte do Iraque.
Desde o início do conflito, em outubro, entre Israel e o Hamas, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, tradicional apoiante da causa palestiniana, intensificou as suas invetivas contra Israel, denunciando o apoio dos Estados Unidos ao governo israelita.
Durante a manifestação, um dos filhos do chefe de Estado turco, Bilal Erdogan, dirigiu-se à multidão para saudar os “mártires” do exército que tombaram no Iraque: “As nossas orações são as nossas melhores armas para sair da escuridão, saudações aos nossos santos mártires que iluminam o nosso caminho”, cita a AFP.
”Estive na Cisjordânia, em Jerusalém e em Gaza, as pessoas depositam as suas esperanças na Turquia e em Recep Tayyip Erdogan”, assegurou à multidão.
Bilal Erdogan, 42 anos, apoiante do Islão político e presidente da “Fundação Juventude e Educação”, que coorganizou o comício, é visto como um possível sucessor do seu pai à frente do país.
O presidente turco descreveu Israel como um Estado “terrorista” e ”genocida” devido ao bombardeamento do território palestiniano de Gaza pelo exército israelita, em represália pelo massacre de cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, perpetrado pelo Hamas a 7 de outubro.
De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, as operações israelitas causaram a morte de 21.822 pessoas em Gaza.