Um tribunal militar russo condenou um homem a 24 anos de prisão por ter tentado incendiar um centro de recrutamento militar, o mais recente caso do género, noticiaram hoje as agências noticiosas russas.
Nos últimos dois anos, a Rússia tem aumentado o número de pessoas acusadas de “traição”, “sabotagem”, “terrorismo”, “extremismo” ou de delitos relacionados a qualquer crítica ao exército envolvido na guerra na Ucrânia. Estes casos são normalmente julgados à porta fechada e implicam penas muito pesadas.
Regra geral, poucos pormenores destes casos são tornados públicos.
Neste caso, Sergei Andreyev, identificado como um operador de grua, foi condenado por “traição” depois de ter incendiado um centro de recrutamento do exército em Moscovo, por ordem, segundo a acusação, dos serviços secretos ucranianos, segundo a agência estatal de notícias russa TASS.
De acordo com o meio de comunicação social russo independente Sota, um dos últimos ‘media’ a cobrir a repressão na Rússia a partir do interior do país, Andreyev foi também julgado por “terrorismo” e “posse de explosivos”.
De acordo com esta fonte, Andreyev foi detido no início de novembro de 2023 e foram encontrados componentes pirotécnicos em sua casa, acrescentando que, pouco tempo antes, tinha tentado incendiar este centro de recrutamento militar em duas ocasiões, sem causar vítimas ou danos importantes.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, milhares de pessoas foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição ao conflito.