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Artigo de Opinião

13/03/2022 08:00

"Sermão histórico e panegírico nos anos da Rainha D. Maria Francisca de Sabóia" do Padre António Vieira.

Era assim há 300 anos, quando Vieira pregou o sermão da Rainha. Já era assim há mil anos, há dois mil anos. Foi assim no século XX e no XXI.

E hoje é Março. Março do ano de 2022 e os homens fazem a guerra que iniciaram no início dos tempos.

E, de repente, foi o troar dos canhões. O estralejar de balas em busca de alvos que elas desconhecem. As estradas, até há pouco caminhos de esperança, enchem-se de máquinas de guerra violentando horizontes. Há gente que foge. Gente que luta. Gente levada num turbilhão de dores. De morte. De susto. De espantos. Há gente que caminha, apenas caminha cheia de nada, carregando algo que perdeu num desconhecido local que já foi seu.

No longe confortável dos gabinetes reúnem-se os senhores das ordens para ordenar o continuar. O interromper. O fim do monstro que criaram…

… e lá fora, longe, nos caminhos, há gente que caminha, caminha apenas. Caminha em busca de um horizonte que as máquinas de guerra violentaram. Horizontes que jamais voltam a encontrar.

«É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e, quanto mais come e consome, tanto menos se farta.»

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