Se é verdade que esta aposta tem se feito notar ao nível das infraestruturas, dos equipamentos, das condições dadas aos utentes, não é menos verdade que há uma aposta nos recursos humanos, consubstanciada na valorização de todos os profissionais do SESARAM.
Aqui na Região, ao contrário do que se passa no território nacional, há uma valorização efetiva, reconhecimento, investimento, regularização e estímulo das mais diversas carreiras, onde destaco os enfermeiros, os médicos, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, os técnicos superiores de saúde, os assistentes operacionais e a criação de novas carreiras, nomeadamente de farmacêuticos, médicos dentistas, tripulantes de ambulâncias e técnico auxiliar de saúde.
Em 2015 eram 4741 os profissionais que trabalhavam no SESARAM. Hoje são mais de 6 mil. Ou seja, um acréscimo de mais de 1250 profissionais. Prova inequívoca que há um efetivo reforço dos recursos humanos, que são o pilar essencial de qualquer sistema de saúde.
Isto levou, por exemplo, a um aumento dos rácios de profissionais de saúde por cada mil habitantes. Se em 2015 tínhamos 3,6 médicos por mil habitantes, hoje temos 5,1, sendo a Região que mais cresceu este rácio desde então.
O mesmo se verifica ao nível dos enfermeiros, que eram 8,1 por cada mil habitantes em 2015, sendo agora 9,8 enfermeiros para esses mesmos mil habitantes. Este rácio é superior ao rácio do País, que é de 7,8.
O mesmo se verifica ao nível dos psicólogos. Na Madeira temos 1 psicólogo para 3600 habitantes, enquanto que no País, esse valor é de 1 psicólogo para cada 9687 pessoas, muito longe do rácio recomendado que é de 1 para 5000.
Obviamente que a aposta nos recursos humanos se traduz num investimento financeiro cada vez maior. Só entre 2019 e 2022, a verba alocada para recursos humanos aumentou 39 milhões de euros, o que equivale a mais de 23%.
Este aumento de profissionais foi absolutamente essencial para responder à maior emergência de saúde pública alguma vez vista na nossa história: a pandemia causada pela COVID-19.
Há quem já se tenha esquecido, mas a verdade é que todo o nosso sistema de saúde deu uma resposta exemplar à pandemia causada pela COVID-19, recebendo inclusive prémios a nível internacional e hoje com reflexos na nossa economia, na imagem da Madeira como destino seguro.
A verdade é que o investimento na saúde não se ficou apenas pelos recursos humanos. Temos a decorrer na Madeira a maior obra pública do País, que é precisamente o Novo Hospital Universitário do Funchal.
Ainda nos lembramos da intransigência do Governo da República em tentar não assegurar o financiamento de 50% desta obra. Ultrapassada essa questão, vemos que o Estado Português tarda em transferir as verbas devidas para a concretização do Novo Hospital.
Continuamos a expensas próprias a garantir que tudo decorre dentro dos prazos, obrigando a um esforço extra por parte do Governo Regional, que irá, estou certa, assegurar que esta obra decisiva para o futuro da Madeira e do Porto Santo esteja concluída no tempo devido.
Para além deste investimento em obra física, existem outras medidas do Governo Regional que têm um impacto positivo na nossa população.
Do vasto leque de programas, é de salientar duas vertentes decisivas para a nossa população: a recuperação dos atos médicos e o investimento na saúde mental.
Desde o início deste mandato, são cerca de 30 milhões de euros alocados aos Programas de Recuperação de Cirurgias e de Especial Acesso a Cuidados de Saúde.
Neste período de 4 anos, mais de 60 milhões de euros foram direcionados para o internamento em Casas de Psiquiatria e para respostas na área da saúde mental e do envelhecimento.
Mesmo sabendo que há quem goste de utilizar, no debate político, a saúde como arma de arremesso, é indesmentível o trabalho que tem sido feito, sendo certo que esta é uma área que temos de continuar a investir e a melhorar, garantindo assim aos madeirenses os melhores cuidados de saúde possíveis e continuar a ser um exemplo para o país.