Não se fala de outra coisa. Está tudo na expectativa. O Governo aguenta-se? Ou será que cai? É desta que fica? Ou é agora que vai? Não sei. Não faço ideia. É difícil saber. O melhor é esperar para ver. É que há uns que já deram o dito por não dito e outros que estão a deixar o Presidente aflito. Diz, quem o acompanha, que já perdeu a arrogância e a vaidade. Ainda assim há quem peça também que seja levantada a imunidade.
Habituado que está a tocar piano, e uma vez que decidiu poupar o Programa a votação, o melhor é começar a ensaiar uma canção. Porque não? Façamos da Assembleia Legislativa um karaoke ou não sei quê. Vá. Começa o PSD.
No sopro, no lugar de Cunha e Silva, bufa José Prada. Que cag@%@. Nas cordas, escala Rui Abreu. Foi o que deu. Nas teclas e na voz, Miguel Albuquerque. 1,2,1,2,3 e...
“Todos os dias te vejo.
Todas as noites te quero.
E eu vou procurando
Um sinal em ti
Que me faça rir
E eu espero e nunca mais vem”. Sim, é aquela dos Xutos. Só que, desta feita, interpretada pelo nosso líder máximo. Coitado. Imagino a ansiedade que não vai naquele corpo! Adiante.
“Vou tirando fotocópias. E vou pensando em ti. E vou adivinhando todos os desejos. E todos os beijos. Que temos para trocar”. Ui. Cego e louco para arranjar mais um parceiro... Quem disse que não há amor como o primeiro?
“De tanto querer
De tanto gostar
De tanto te amar
Eu não te quero perder”. Aqui fico na dúvida. A que raio se refere? Não querendo ser indiscreto, mas é ao poder no abstrato ou a alguém em concreto? Não sei, não. Só sei é o refrão:
“Ai se ele cai
Vai se partir
Meu coração
Vai-se partir”.
Terminada a actuação dos mais votados, seguem-se os encostados. O palco é, portanto, de José Manuel Rodrigues e da sua bailarina Sara Madalena. Bem aparecida. E desta vez, vestida. A música, essa, diz assim: “Daqui não saio
Daqui ninguém me tira
Daqui não saio
Daqui ninguém me tira”. Pois. Não admira.
“Sei que o senhor
Tem razão pra querer
A casa pra morar
Mas onde eu vou ficar?”. Pronto. Já se percebeu como é que vai acabar.
Outros...
É a vez da dupla JPP/PS. Só não deu tripla porque não houve mais quem quisesse. O tema escolhido é do Duo Ouro Negro.
“Vou levar-te comigo
vou levar-te comigo
Vou levar-te comigo meu irmão
Vou levar-te comigo”. Valha-me Deus. Por este andar só se for ao castigo.
Por falar nisso, chegou a hora do Chega. Aquele que quer mudar a Madeira. Com o micro, o astro Miguel Castro.
“Já sei que hei-de arder na tua fogueira
Mas será sempre, sempre à minha maneira.
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira (à minha maneira)
À minha maneira
À minha maneira
À minha maneira
À minha maneira
À minha maneira
À minha maneira”. Ok, ok! Já percebemos. Mas isso não vai dar asneira?
À boleia é a vez de Mónica Freitas. Aparentemente curadas as maleitas, entoa o mais famoso single dos Táxi. Reparem que até nisso teve cuidado. Respeitou o afastamento dos Ubers decretado.
“E como tudo o que é coisa que promete
A gente vê como uma chiclete
Que se prova, mastiga e deita fora, sem demora”. Ora.
“Pra que tudo continue sem parar
Fundamental levar a vida a dançar
Nesta vida que tanto promete, chiclete
Chiclete
Aua-aua-aua-aua-aua-aua-aua-aua-aua-aua
Chiclete”. Mudou a cassete?!
Terminemos, por fim, com a IL. Pelo que percebi, alguém queria escolher a música pelo seu deputado, mas ele impôs-se. “Sou eu quem decide e vou cantar José Cid”.
“Addio, adieu, aufwiedersehen, goodbye”. A sério que já vais Nuno? Logo agora que estavas a ser o melhor aluno?
Ps, Não sou nenhum Rebelo de Sousa. O meu pai, como sabem, tem outra alcunha! Juro que nem sou de pedir muita coisa, mas desta vez meto uma cunha. Já que trataram das gémeas brasileiras de forma tão acelerada, tratem agora a mãe! Parece baralhada. Mais-valia não ter aberto a matraca. Minha senhora, não me leve a mal, mas aqui não é o Brasil. É Portugal! Não somos mão de vaca, não. Mas também não somos babaca.
Ps ps, desculpem se me alonguei ou pareço desmotivado, mas uma coisa eu prometo. Só volto quando o orçamento for aprovado.