A partir de 1976, seguiram-se 47 anos de poder laranja em que o PSD optou por reforçar algumas das técnicas aprendidas na ditadura, para se manter no poder: controlo férreo do que sai na comunicação social, construindo-se a ilusão do "cantinho do céu" que só existe na RAM dos laranjas; afastamento das pessoas que manifestam opiniões diversas, humilhando-as e penalizando-as, colocando-as em locais que deixaram de funcionar por falhanço dos projetos, fábrica das moscas, por ex, e em outros sem condições; invenção de um inimigo público que persegue a RAM, escondendo os problemas criados pelo próprio PSD ao longo destes 47 anos. Aprimoraram-se formas de perseguição, fazendo com que a população use a autocensura como postura diária, tentando evitar problemas que sabe que existem e que sente na pele diariamente. Criou-se uma massa tentacular de associações e Casas do Povo que promove esse domínio sobre pessoas que desprezam e tratam por "patas rapadas", mas que são gente humilde e trabalhadora, sempre na busca de uma melhor qualidade de vida, neste paraíso que, afinal, é só para alguns.
O presidente do GR trata adversários políticos como "essa gente", pessoas com quem não se fala e incentiva-se a que sejam tratados sem respeito e com insultos. Distribui 33 milhões de euros/ano pelos seus apaniguados, para que o PSD continue mais 47 anos no poder. Tem sido esta a autonomia que o PSD tem construído sozinho, numa janela temporal igual à da ditadura.
47 anos com a maior taxa de risco de pobreza, sem acesso a habitação, e com taxas de desemprego superiores às do continente português. Colocaram a riqueza nas mãos de muito poucos e o erário público é usado para reforçar essa aposta. Quando um ex-secretário regional denuncia a existência de favorecimentos e mecanismos indicadores de corrupção, desviam-se as atenções e calam-se as vozes. Na Pérola do Atlântico, muito poucos comem não só as ostras, mas ficam também com as pérolas. Repetem-se as medidas, mantendo-se tudo na mesma. Assim continuarão a servir esses pequenos grupos de privilegiados.
Apesar de toda esta realidade adversa, há quem não abandone a luta porque sabe que é possível fazer diferente. O PS tem propostas concretas para melhorar a economia e o desenvolvimento. Para aumentar o rendimento mensal da população. Propõe investimentos na educação, obrigatória ou universitária, pois sabe que este capital terá reflexos positivos no futuro da RAM. Tem propostas concretas e realistas na área da habitação, do emprego, da saúde, do turismo, da agricultura, do ambiente, da cultura, da cidadania. Verificamos ainda que, na sua lista de candidatas e candidatos, o PS conta com os talentos de toda a gente: homens e mulheres, novos e velhos, pois sabe que essa é a verdadeira riqueza de uma região: toda a sua população. A lista é paritária e toda a gente encontra nela representantes para os seus interesses e problemas.
É possível lutar por melhor qualidade de vida na RAM. O futuro desenha-se hoje, com soluções construídas com respeito, sem medo e com a colaboração de todos. O voto que pode mudar a Madeira é mesmo o do PS. No dia 24 de setembro podemos iniciar uma RAM diversa em que toda a gente pode aceder às ostras, mas também às pérolas. Eu votarei no PS!