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Artigo de Opinião

Deputado

30/10/2021 08:01

De facto, há muito jogo político no chumbo deste Orçamento de Estado. Há jogo político e há um responsável. Sempre o mesmo, António Costa e o seu PS. Para se perceber o ADN político de António Costa convém recuar a 2014 e recordar como afastou o seu camarada António José Seguro da liderança do PS, por este ter ganho "por poucochinho" as europeias. Convém ainda relembrar como chegou à liderança do Governo da República em 2015, afastando Passos Coelho com uma geringonça à sua esquerda, feita à medida do seu ego político, sem nunca ter ganho eleições. O mesmo António Costa a quem os eleitores nunca deram uma maioria absoluta e que usou o PCP e o BE, enquanto barrigas de aluguer, para aprovar seis orçamentos de estado, sempre ao serviço da sua estratégia pessoal e partidária.

É este socialista António Costa que agora, num calculado e estratégico jogo político, leva a sua proposta de Orçamento de Estado para 2022 a ser chumbada, de modo a que as eleições legislativas nacionais sejam "logo, logo", procurando perpetuar-se no arco da governação por mais 4 anos, com o foco e o faro de gerir ao desbarato os milhões da "bazuca europeia" que se aproximam. Parece-lhe maquiavélico, caro leitor?! Olhe que não!

António Costa é o principal responsável pelo momento de instabilidade política que se vive em Portugal. Se não temos orçamento para 2022 a ele e à sua estratégia egocêntrico-partidária de poder o devemos. Se quisesse António Costa fazer passar o seu próprio orçamento, teria feito umas démarches políticas junto do PCP, a votação na generalidade teria passado e a 25 de novembro o mesmo seria aprovado em votação final global. Mas isso não lhe serve! O que lhe serve, após estas últimas autárquicas que não lhe correram de feição, é aproveitar-se da situação que se vive à direita, com o PSD e o CDS-PP em vésperas de congressos eletivos, apanhá-los em contra mão e ir rapidamente a eleições legislativas a ver se renova in extremis a maioria parlamentar. E isto pode acontecer!

António Costa nunca pensou que perderia Lisboa, nem outras câmaras, como Coimbra ou mesmo o Funchal. Agora que percebe que o seu eleitorado dá mostras de desmobilização e que até 2023 será sempre a descer, opta pela estratégia política de ir a jogo, antes do jogo terminar. Um tacticismo calculado, que fruto da situação da direita pode resultar. Para que não aconteça e para que o país volte ao crescimento e desenvolvimento, é preciso que a direita rapidamente se organize e que os eleitores confiem que o país merece mais. Portugal está em decadência na Europa. Estamos a ser ultrapassados por todos e não tarda seremos os mais pobres da União, com as maiores e mais diversas cargas fiscais sobre todos nós. Este não é o país que podíamos ser! E nós madeirenses também estamos a sofrer com esta governação à esquerda, que promove a subsidiodependência e a mediocridade em troca do poder.

A estabilidade política tem de voltar. Há que acreditar e confiar nos que promovem o desenvolvimento, o crescimento económico e que poderão fazer uma gestão eficiente das verbas do PRR e do NextGenerationEU, para devolver a esperança e fazer crescer o país. Não vá no jogo político, acredite também! Pior que Costa dissolvido, será Costa reeleito!

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