Coincidência esta de poder dar a minha opinião no JM no Dia Internacional da Felicidade, questão que lá chegarei, pois prefiro entrar a pés juntos.
Por receio da repreensão e do medo de falhar escondi o meu desejo de lutar por dois valores fundamentais: a felicidade e a liberdade.
Foi preciso um valente murro no estômago como a iminência de perder a minha mãe duas semanas depois de se ter reformado. Aprendi a lição e cá estou para mostrar que a felicidade e a liberdade tornam as nações, as empresas e as famílias mais prósperas.
As pessoas são na generalidade mais felizes em países livres do que em economias controladas pelo Estado. Parece simples de concordar, mas por algum motivo continuamos a assumir como normal o controlo apertado do Estado nas nossas vidas e deixamo-nos enganar por aquilo que "o Governo nos dá". Há outros portugueses que vão para países em que lhes é possível a realização pessoal e a independência, ficando para trás a família, os amigos e um país cada vez mais triste e apático.
Em 2022 as Nações Unidas, verificou o grau de felicidade dos cidadãos de 146 países com base em seis critérios: o PIB per capita, a expectativa de uma vida saudável, apoios sociais, a liberdade individual, a generosidade e a perceção de corrupção. Dentro do pódio dos povos mais felizes, temos os finlandeses que se sentem livres para fazer as suas próprias escolhas; os dinamarqueses destacam-se pela perceção de falta de corrupção; e os islandeses que dão cartas com o sentimento de pertença e a generosidade. Uma das conclusões deste estudo é a de que a generosidade entre as pessoas e a honestidade dos governos são pilares para o bem-estar.
Outra questão que não se fala (ainda) porque não interessa, é que nem só do PIB vive o Homem. Muitas questões que aumentam o PIB, estão relacionadas com a diminuição da qualidade de vida. Mais pessoas a consumirem antidepressivos? O PIB sobe. Há um choque em cadeia na via rápida? O PIB sobe. Quando só o dinheiro é medido, as políticas vão destinar-se apenas a arranjar mais dinheiro. Entretanto, uma panóplia de indústrias e de interesses aumentam os seus lucros com a infelicidade dos outros.
O Dia Internacional da Felicidade, declarado pela ONU, teve como inspiração o Reino do Butão em que a felicidade está acima do interesse económico (já agora, o Rei do Butão estudou na Europa!). Alguns dos critérios para medir a prosperidade do país são: a boa governação, o desenvolvimento económico sustentável, a preservação do ambiente e das tradições. No ensino, é mais importante ser um bom cidadão do que as notas. Não são ricos, é verdade, mas não há fome nem mendigos.
Este dia serve para apelar para que as políticas públicas tenham em conta estes princípios universais: a felicidade e o bem-estar. Isto não é nada de novo, nem é uma questão de moda.
Thomas Jefferson, escreve na declaração da Independência dos Estados Unidos "…todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade."
Eu não quero ir para a Finlândia, nem para a Dinamarca, nem para o Butão. Quero ser feliz junto da minha família, com a nossa gastronomia, cultura e tradições. Não vou desistir pelo direito das empresas e das famílias prosperarem em Portugal através do seu Bem-Estar. Quem me compreende, que me apoie. Quem ainda acha isto uma baboseira…é só uma questão de tempo.