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Artigo de Opinião

Deputada do PSD/M na ALRAM

1/02/2023 08:00

O consumo das novas substâncias psicoativas está a crescer na Europa e são consumidas sobretudo pelos mais jovens. De acordo com o Eurobarómetro "Atitudes dos jovens face às drogas" de 2015, cerca de 8% dos jovens europeus já utilizaram este tipo de substâncias pelo menos uma vez na sua vida (5% em 2011); as percentagens mais elevadas registam-se na Irlanda (22%), Espanha e Eslovénia (ambos com 13%). Em Portugal 7% dos jovens afirmam ter utilizado este tipo de substâncias pelo menos uma vez.

Em 2021 foram comunicadas, pela primeira vez, 52 Novas Substâncias Psicoativas através do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia, elevando para 880 o número de drogas monitorizadas pelo Observatório Europeu, que alerta para o aparecimento de NSP cada vez mais "potentes e perigosas".

As NSP são lançadas no mercado com demasiada rapidez e as autoridades não têm capacidade suficiente para responder em tempo útil. É por isso urgente criar mecanismos que permitam ter uma ação mais rápida e eficaz ao nível da União Europeia. Estas substâncias representam um enorme perigo para a saúde pública e para a nossa segurança coletiva, por isso deviam ser sujeitas às disposições da legislação penal, como acontece com as drogas ilegais, porque é preciso mão pesada da justiça neste assunto de uma vez por todas, sem dó nem piedade!

O consumo destas novas substâncias psicoativas tem impactos terríveis nos consumidores e nas suas famílias, são uma dor constante para quem assiste em silêncio e em grande sofrimento sem nada conseguir fazer para demover o consumo e o vício, e por isso, é urgente uma atitude diligente por parte do Governo da República para que dê ferramentas às forças de segurança e à justiça para que se castigue de forma exemplar quem trafique, e que sobretudo, se apoie e reabilite os toxicodependentes e as suas famílias.

Por outro lado, é urgente melhorar a comunicação e a educação dos jovens e que não se suavize a mensagem em matéria dos efeitos do consumo de drogas; se é preciso terapia de choque, que se faça! O fomento da educação em Saúde Mental em meio escolar e o aumento da literacia nesta matéria é fundamental, não há que ter vergonha de falar dos efeitos nefastos do consumo de drogas, e não é com paninhos quentes que vamos lá.

Estão a ser dados passos legislativos importantes por parte do Parlamento Regional, mas sozinhos não vamos lá. A informação e formação aos mais jovens, a denúncia das redes criminosas e dos traficantes às autoridades, a fiscalização, o apoio às famílias e a reabilitação de consumidores deve funcionar em rede, e a uma só voz, sem bandeiras políticas inúteis e estéreis, para que se combata de forma séria esta chaga social que deve ser motivo de vergonha para todos nós.

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