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Artigo de Opinião

Deputada do PSD/M na ALRAM

2/02/2022 08:00

Após dois anos de luta e de contenção, e dadas as circunstâncias atuais no que se refere à vacinação da população contra a covid-19, que neste momento atinge cerca de 89% de cidadãos com a vacinação completa e cerca de 46% com a vacinação de reforço, e perante a atual variante do vírus que embora de grande contagiosidade não representa elevada perigosidade para a saúde pública, é chegado o momento de iniciar a verdadeira retoma da nossa vida social e económica.

Assim, desde ontem, a realização de testes antigénio gratuitos fica cingida aos cidadãos que apresentem sintomas ou que sejam contactos de alto risco de uma pessoa infetada (geralmente co habitante do doente), sendo que neste último caso, a plataforma S-Alerta Cidadão irá continuar a fornecer um código para que as pessoas em causa possam realizar o seu teste de forma gratuita nos espaços aderentes. Para os isolamentos, as recomendações continuam a ser as mesmas e as dúvidas dos utentes continuam a ser esclarecidas pelos profissionais de saúde dedicados a esta área de cuidados, validados sempre pelos delegados de saúde e pelas entidades responsáveis pela manutenção da Saúde Pública na nossa região.

Mas não queria deixar passar a oportunidade de mais uma vez louvar o trabalho dos profissionais dedicados ao seguimento dos casos positivos e suspeitos de covid-19; também eles precisam de entrar numa nova fase, porque se o cidadão comum está cansado de ouvir falar e viver com o vírus na ponta da língua, imaginem quem tem de dedicar todo o seu santo dia de trabalho a verificar, orientar, telefonar, resolver toneladas de burocracia, tudo à conta da pandemia! Desculpem os restantes sectores laborais, mas há que reconhecer o trabalho destes profissionais, porque sem eles, muita coisa não seria possível!

Podemos concordar com as medidas anunciadas ou não, podemos barafustar no café e nas redes sociais à vontade, mas o facto inegável é que de uma forma ou de outra as pessoas querem retomar a sua vida, mas para isso, temos que nos adaptar a estas novas circunstâncias e mais do que nunca há que ser responsável e assertivo.

Os serviços de saúde precisam de retomar o seu trabalho com normalidade, a economia precisa de ânimo, e os tempos que aí vêm não serão fáceis, e por isso, todos somos chamados a colaborar ativamente.

Saídos de uma batalha eleitoral que não pedimos, o tempo não é de chorar sobre o leite derramado; o tempo é de traçar objetivos e metas a atingir, porque o futuro não se compadece de choradinhos no presente.

Admito, que depois de dois anos de combate ao vírus, muitas pessoas devem estar com dificuldade em assimilar estas novas circunstâncias, mas verdade seja dita, já passámos por coisas piores e soubermos nos adaptar. Com calma, ponderação e alguma paciência, tudo entrará nos eixos.

Porque no final de contas, a nossa vida é um exercício de constante adaptação; "não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças" (Charles Darwin).

Assim sendo, goste-se ou não dos decisores políticos em exercício, ninguém tomou decisões de má fé ou com leviandade! As medidas adotadas e as decisões tomadas ao longo da pandemia tiveram sempre uma missão clara e evidente: proteger a saúde pública e a nossa economia!

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