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Artigo de Opinião

4/10/2024 08:00

Quando falamos de dependência falamos de um comportamento compulsivo e repetitivo, que é maioritariamente associado ao consumo de substâncias psicoativas, mas que pode ser jogar videojogos, jogo de apostas, uso de telemóvel, compras, entre outros. Segundo o dicionário infopédia, dependência é 1. um estado de dependente; sujeição; subordinação; 2. falta de autonomia, maturidade, independência; necessidade física e/ou psicológica de uma substância ou atividade.

Para falarmos de prevenção da dependência há que entender o que é a dependência. A prevenção das dependências deverá ter em atenção o ponto de vista do indivíduo, que nunca consumiu, do que já consumiu, mas não ficou dependente, ou do que já é dependente.

Prevenir a dependência é essencial dotarmos o indivíduo de competências que lhe permita lidar com situações de risco que possam levar ao comportamento de risco que, por sua vez, pode levar ao individuo à dependência. Algumas estratégias a considerar:

1. Educação e Consciencialização: a) perceção dos riscos: ensinar sobre os perigos das substâncias aditivas (álcool, drogas, medicamentos e outras) e comportamentos (jogos, redes sociais e outros); b) promoção de escolhas saudáveis: incentivar a aprendizagem e prática de estilos de vida equilibrados.

2. Desenvolvimento de competências de vida: a) autoconhecimento: conhecer e lidar com os seus pontos fortes e fracos; b) empatia: compreender, não julgar e aceitar a diferença; c) comunicação eficaz: expressar-se verbalmente ou não de forma apropriada perante as diversas situações; d) relacionamento interpessoal: iniciar e manter relacionamentos de modo apropriado, bem como manter e terminar relações de maneira construtiva; e) tomada de decisão: avaliar e determinar as consequências, riscos e benefícios que uma situação pode apresentar, e ser capaz de escolher a melhor alternativa em detrimento daquelas que colocam em risco a integridade do indivíduo; f) resolução de problemas: lidar com situações que causam tensão e/ou conflito de maneira criativa, utilizando recursos do próprio ambiente sem provocar danos aos demais; g) pensamento criativo: procurar alternativas viáveis com o objetivo de simplificar a forma de lidar com diversas dilemas; h) pensamento crítico: refletir, analisar examinar as situações da vida pessoal e social a partir de diferentes perspetivas e opiniões, ser crítico e questionar desenvolvendo uma análise cuidadosa às situações; i) lidar com sentimentos e emoções: reconhecer as emoções positivas e negativas, entender a sua origem e identificar de que modo estas influenciam o seu comportamento; j) gestão do stress: reconhecer e avaliar possíveis fontes de stress, saber tomar de decisões e resolver problemas, aprender técnicas para lidar com o stress e a pressão.

3. Definição de objetivos: definir e alcançar objetivos pessoais, com metas de curto e longo prazo, podem ajudar a manter o foco em atividades concretizáveis, em vez de comportamentos destrutivos.

4. Intervenção precoce: Identificar sinais de alerta, reconhecer os primeiros sintomas de comportamentos de risco ou de dependência é essencial para agir atempadamente; oferecer ou procurar ajuda profissional quando necessário.

As substâncias e atividades que levam a comportamentos aditivos estarão sempre presentes. O mais importante é utilizar estas práticas concertadas que ajudam a criar uma base sólida para prevenir dependências antes que elas se tornem um verdadeiro problema.

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