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Artigo de Opinião

A desertificação na costa norte da Madeira é um problema persistente que tem ganho cada vez mais força pelo crescente número de famílias que abandonam as suas terras e casas devido à falta de oportunidades económicas e ao declínio das atividades tradicionais, como a agricultura. Esta circunstância tem resultado no abandono de terrenos e na degradação de prédios de elevado interesse arquitetónico que são parte fundamental da identidade da ilha.

Uma das soluções para este problema passa pela elaboração de planos intermunicipais que visem a melhoria das infraestruturas gerais da coluna vertebral do norte da ilha, incluindo estradas, transportes públicos e acesso a serviços básicos. Além disso é crucial o investimento nos apoios à fixação de empresas e investidores que estimulem a criação de emprego, o crescimento económico e consequentemente a fixação de famílias.

Podemos aprender com experiências semelhantes noutros países que enfrentam a desertificação em zonas rurais e remotas que se socorreram de modelos de sucesso que incluem benefícios fiscais para empresas e residentes, subsídios para habitação, programas de formação profissional, a criação de parques industriais, a promoção do turismo rural, a valorização de produtos locais, a criação de políticas que envolvem a comunidade local na tomada de decisões e na gestão de recursos.

Revitalizar o norte da Madeira é um desafio que deve necessariamente passar pela adoção de medidas que, no seu conjunto, sejam capazes de criar um ambiente favorável à vida familiar e ao crescimento profissional. Contudo a sua implementação requer esforços coordenados a nível municipal, regional e nacional de modo a transformar esta parte da ilha numa área atrativa para investimentos, preservando simultaneamente a sua história e a sua cultura.

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