Com o mundo e o nosso país em estado pouco recomendável, é importante que os madeirenses meditem nas condições que se vivem atualmente no nosso arquipélago e de qual foi o nosso percurso em 2023.
As televisões trouxeram-nos imagens de guerra a dobrar, face a 2022. Já não bastava o conflito na Ucrânia, que continua a perdurar e que promete continuar em 2024, mas também em Israel e em Gaza, assistiu-se e assiste-se a muita morte e destruição. E é bom ter presente que, em outras paragens menos mediáticas, vive-se com muita dificuldade, sofrimento e num contexto também de violência. Líderes populistas vão ascendendo ao poder inebriando o povo, numa lógica nacionalista, exclusivista e individualista, longe do ideal de fraternidade e solidariedade que deve existir entre as nações e as pessoas.
No nosso país, vive-se uma espécie de tempo suspenso até às eleições. Depois da desastrada maioria absoluta de António Costa, as televisões continuam a mostrar o caos em que os governos do PS deixaram a Saúde. As greves continuam, ora num sector, ora noutro. Na Educação, os professores continuam descontentes. E o clima de suspeição relacionado com o episódio que ditou a queda do primeiro-ministro, minou ainda mais a confiança nas instituições e apenas contribui para afastar ainda mais as pessoas da política, ou para reforçar a votação de partidos anti-democráticos, seja de (extrema) esquerda ou de direita.
Na Madeira, em primeiro lugar, vive-se um clima de paz social, de estabilidade política, ditado pelas eleições de setembro. Uma vitória robusta da coligação PSD/CDS, a que se somou o apoio parlamentar do PAN, e que permitiu uma solução estável, equilibrada, sem que o Governo Regional tivesse de romper com os seus compromissos sociais.
Para investidores e para a população em geral é importante saber com o que podem contar.
Em segundo lugar, vivemos um tempo de forte prosperidade económica. Os últimos dados conhecidos, de 2022, dizem-nos que o Produto Interno Bruto da Madeira nunca cresceu tanto num ano, tendo ultrapassado pela primeira vez a marca dos 6 mil milhões de euros. Também relevante é o facto do PIB por habitante na Região ter ultrapassado a média nacional e de termos convergido fortemente para a média comunitária. Os valores de investimento na Região também estão nos níveis mais elevados desde o famigerado PAEF.
Outro dado que merece grande relevo é o facto de a nossa taxa de desemprego ser a mais baixa do país, com referência ao 3.º trimestre deste ano. Para uma região que, há 10 anos, chegou a ter uma taxa de desemprego acima dos 20%, é um grande resultado e um sucesso da política económica seguida pelo Governo.
Mais riqueza e menos desemprego são o caminho para combater as desigualdades sociais e mesmo neste capítulo o ano trouxe boas notícias, com a descida da taxa de risco pobreza, em contraciclo com o aumento que houve a nível nacional. A pobreza mais severa está num mínimo histórico e há menos desigualdade na RAM que no País.
No domínio das empresas, os indicadores mais recentes mostram que, em 2022, as principais rubricas cresceram: o número de empresas, o emprego e o volume de negócios que superou a barreira dos 9 mil milhões de euros pela primeira vez.
Sectorialmente, vamos ter novo recorde de dormidas em 2023, com os proveitos no alojamento turístico também a atingirem valores nunca vistos.
A diversificação da economia da Madeira continua também a ser uma realidade, com o volume de negócios das empresas tecnológicas a crescer de ano para ano. Em 2022, ultrapassou os 612 milhões de euros e já empregava mais de 2 200 pessoas.
E para combater as dificuldades da classe média, espremida entre o aumento de preços (muito embora a inflação vá ser menor em 2023, comparativamente a 2022) e o crescimento das taxas de juro dá-nos alento o crescimento das remunerações médias, que no 3.º trimestre superaram a inflação, havendo, portanto, um ganho real. É preciso que esta tendência continue para a reposição dos poderes de compra numa primeira fase e para o seu necessário aumento, numa segunda. Espera-se, pois, que os bons resultados das empresas resultem numa valorização salarial dos seus trabalhadores. Só assim a Madeira poderá ter uma sociedade coesa, com menos desigualdade e com uma classe média cada vez mais estável.
Haverá muitos outros resultados que poderia citar como, por exemplo, no domínio da Educação, onde as estatísticas são também bastante favoráveis como ficou demonstrado no recente debate no Parlamento Regional ou na Saúde em que continuamos a aumentar os nossos rácios de médicos e enfermeiros por habitante (neste último caso já é o maior do país).
Mas, em vez de continuar a debitar recordes estatísticos, que se verificam em quase todas as áreas, prefiro terminar o artigo apelando à consciência dos leitores.
E se a nossa escolha coletiva aos longo dos últimos anos tivesse sido outra que não a aposta no projeto de desenvolvimento económico e social que são marca indelével do PSD?
É só transportar as imagens que se veem nas televisões transportadas para a nossa Região. Pais preocupados, pois os filhos estão sem aulas, idosos e crianças a aguardar nos hospitais horas infindáveis à espera de uma consulta nos escassos serviços de urgência.
É uma realidade que, estou certa, nenhum madeirense quer assistir, experienciar ou vivenciar. Por esta razão, é essencial que continuemos de olhos postos no futuro com a garantia de estabilidade que nos trouxe até aqui.
A governação do executivo regional tem provas dadas, devidamente corroboradas pelos números e estatísticas oficiais, pelo que merece o nosso reconhecimento e confiança para continuar a desenvolver o trabalho meritório que todos somos testemunhas.
E assim o será, garantindo que teremos um ano de 2024 na senda do progresso.
Desejo a todos um feliz ano de 2024, com muita saúde, paz e sucesso.