O presidente do Governo Regional disse ontem esta noite, no Curral das Freiras, que a força especial de bombeiros que terá chegado esta madrugada, já teria sido combinada anteontem com o ministro Paulo Rangel.
Miguel Albuquerque corrige assim a ideia de que tenha recusado a ajuda nacional e explica que para reunir uma força de intervenção com 76 homens é preciso tempo.
“Eu já tinha combinado, como é publico, com dr. Paulo Rangel para mandar a força”, disse o presidente antes de explicar que são pessoas “de diversas partes do país e é preciso logística, ter transporte... isto não é de uma forma instantânea”, insistiu.
Perante esse quadro, Albuquerque adiantou que “está tudo a correr conforme deve correr”.
Questionado pelos jornalistas sobre a contradição com as declarações de Pedro Ramos, ao início da tarde, o presidente disse que era preciso avaliar a evolução do fogo. E remeteu as críticas para “políticos falhados” que se aproveitam para “fazer baixa política”.
De resto, o chefe do Governo deu conta do que já constava do relatório da proteção Civil, das três frentes ativas, dos 108 bombeiros no terreno e da necessidade de acompanhar a evolução do vento ao longo de toda a noite.
Outra questão que está clara para Miguel Albuquerque é que se tratou de um caso de fogo posto. “Estamos preparados, não é o primeiro incêndio, é recorrente”, disse ainda no Curral das Freiras.
Finalmente, sobre críticas à sua ausência, Albuquerque explicou: “Ausência? Eu tenho acompanhado. Já estou aqui. O secretário veio de manhã. Não há milagres, não tenho o dom da obliquidade. Estar em dois lugares não consigo, vim logo agora no barco...”