Miguel Albuquerque disse hoje que “se por motivos fúteis” a oposição quiser deitar o Governo abaixo, só há uma solução: “devolver a voz ao povo madeirense e irmos outra vez a votos”.
Depois de ter criticado a posição do PS e do JPP relativamente ao repto lançado pelo executivo para pré-negociar esta semana a proposta de Orçamento Regional para 2025, Miguel Albuquerque lembrou que o PSD venceu nas últimas eleições em 45 das 54 freguesias e em 9 dos 11 concelhos. E avisou que os autores da queda do Governo “terão de assumir as suas responsabilidades”.
Ao mesmo tempo, insistiu que o Governo Regional está a “fazer um esforço” para garantir a aprovação do orçamento.
“E porquê? Porque se este orçamento não for aprovado, há um conjunto de circunstâncias que vão fazer com que toda a gente, sem exceção, seja prejudicada na Madeira”, disse, exemplificando com a atualização salarial, a progressão nas carreiras, o aumento do subsídio de insularidade, o desagravamento do IRS, os apoios à habitação, os concursos do PRR e o novo concurso para o hospital.
“Estas rubricas não se coadunam com brincadeiras”, enfatizou esta manhã, numa visita a uma empresa tecnológica no Funchal.
Daí o interesse em auscultar todos os partidos. Porém, sublinha, “o diálogo é uma via nos dois sentidos”.
O presidente do Governo Regional negou, por outro lado, que haja “reuniões secretas” com o Chega, com vista a que a moção de censura seja retirada, como avançou hoje o DN Funchal.
“Eu não tenho feito contactos”, disse, admitindo, no entanto, que dentro do partido possa haver quem tenha falado.
No cenário de eleições antecipadas, Albuquerque disse que será o candidato e afastou novas eleições internas no PSD.
“As eleições internas já aconteceram em março” de 2024, afirmou, mostrando-se como único candidato: “Quem vai ser” a alternativa? - questionou.