Carlos Teles afirmou hoje que espera que a crise política que a Madeira enfrenta sirva de lição, não só para o governo como também para todos os partidos políticos.
“Espero que os partidos aprendam a lição e que aprendam a dialogar entre si”, reiterou o autarca, lembrando que “a vontade do povo tem de ser respeitada na Assembleia Legislativa” e que receia que o povo esteja “cansado de eleições”, alertando que esta forma de agir dos partidos “cansa o eleitorado”.
Além disso, o presidente da Câmara da Calheta refere que “na retina do eleitorado fica a ideia de que, parece-me, que esta moção de censura foi ordenada de Lisboa para cá”, lamentando desta forma a falta de autonomia política de certos partidos.
Em entrevista, esta noite, à RTP-Madeira, o autarca falou do desenvolvimento do seu concelho e das reivindicações que gostaria de ver como realidades na Calheta. No entanto, teme que o futuro seja trilhado com algumas dificuldades, pelo facto de a Região passar a ser gerida por duodécimos em virtude do chumbo do Orçamento Regional. Algo que, garante, “não entendo, pois trata-se de uma ferramenta importante para a gestão da Região Autónoma da Madeira”.
Na sua opinião, o Orçamento deveria ser aprovado e critica os partidos que chumbaram a proposta, dizendo não entender a irresponsabilidade de quem anda a “brincar ao poder”.
Na reta final do seu mandato como presidente da Câmara Municipal da Calheta e da Associação de Municípios da Madeira, Carlos Teles garante que continuará a ser militante do Partido Social Democrata, independentemente do rumo que a política irá ter depois da queda do governo de Albuquerque, na sequência da moção de censura aprovada hoje na Assembleia Legislativa Regional.