O CDS defende que as consequências da falta de um Orçamento da Região para o próximo ano traduzem-se em menos salários e mais impostos para os madeirenses.
“A prevista redução de 30 por cento do IRS no sexto escalão e de 15 por cento no sétimo ficou bloqueada, assim como a redução do imposto para os trabalhadores independentes”, indica o partido, através de um comunicado enviado à redação.
A progressão nas carreiras dos funcionários públicos, nomeadamente de guardas-florestais, vigilantes da natureza e bombeiros e o aumento do subsídio de insularidade ficam também comprometidos, denota.
“O salário de referência para os jovens licenciados no mercado de trabalho já não será negociado por enquanto e a descida das mensalidades nas creches e jardins de infância não pode ser efetivada a partir do início do ano”, reforça, acrescentando que o aumento do Complemento Regional dos Idosos com baixas pensões não pode ser concretizado.
“Para quem diz que viver com Orçamento ou em duodécimos, aqui estão as diferenças e são substanciais. O chumbo do Orçamento é uma tremenda irresponsabilidade que vai sair caro, não aos partidos que votaram contra, mas aos cidadãos, famílias e empresas. Com o chumbo também do Plano, muitas obras vão ter de parar, alguns investimentos não poderão ser realizados e os concursos para novas infraestruturas ficam adiados. É a economia e o emprego que vão sentir tamanha irracionalidade política”, constata.
Nesse sentido, o CDS volta a apelar a todos os partidos e ao Governo que façam um “último esforço para que se salve a estabilidade política e a governabilidade da Região, afastando o cenário de eleições, que seriam as terceiras no espaço de um ano e meio”.
“Quais são os custos da realização de mais um ato eleitoral? Quais as consequências de estarmos mais 6 meses sem Orçamento? São elevados e os madeirenses e portosantenses não aguentam esta permanente instabilidade em que alguns querem manter a nossa terra”; remata.