O CHEGA reuniu os seus militantes e simpatizantes num jantar de Natal, para assinalar a grande união e companheirismo caraterísticos da época natalícia.
O evento, que contou com a presença de mais de duas centenas de pessoas, serviu de contexto para que Miguel Castro, presidente do partido e líder da bancada parlamentar, fizesse uma análise do momento político atual e apelasse a uma grande mobilização das forças vivas do partido e de toda a sociedade civil para os embates partidários que se aproximam, particularmente as eleições legislativas nacionais, já agendadas para o dia 10 de março de 2024.
Na habitual intervenção da noite, Miguel Castro começou por expor aos presentes o trabalho que tem vindo a ser realizado pelo grupo parlamentar, desde a sua eleição para a Assembleia Legislativa da Madeira.
Segundo o líder do partido, os deputados do CHEGA já entregaram ou estão em vias de submeter ao parlamento madeirense cerca de três dezenas de iniciativas legislativas, as quais não só correspondem a compromissos assumidos pelo partido durante a campanha eleitoral, mas também constituem contributos que o partido visa fazer em áreas consideradas nevrálgicas para a defesa das bandeiras que definem a matriz ideológica do CHEGA.
Entre os temas abordados pelas propostas já preparadas ou em vias de conclusão estão a luta contra a corrupção, a defesa da família, a valorização do sector primário, a defesa da integridade das carreiras médica e docente, o combate às disparidades económicas e a reforma da Justiça e do sistema político.
“Estamos totalmente comprometidos com a defesa dos princípios e das causas que nos definem como partido e assumimos com toda a frontalidade os desafios e as exigências inerentes à nossa grande vocação, que é expor e combater o sistema viciado e incompetente que nos governa há décadas”, observou Miguel Castro, perante a plateia.
Já sobre as críticas e os obstáculos que também têm pautado a experiência parlamentar do CHEGA até ao momento, o presidente do partido sublinhou não está no hemiciclo para agradar os poderes instalados.
“Estamos no parlamento para mudar a Madeira e o Porto Santo, e isso é muito mais importante do que o nervosismo, o incomodo e as ansiedades daqueles que se julgam donos disto tudo”, vincou.
O ato eleitoral de 10 de março não passou ao lado da intervenção de Miguel Castro. Sem abrir o jogo quanto à abordagem que o partido irá ter à corrida política nacional, Miguel Castro deixou uma certeza, notando que o partido está determinado a “apresentar uma candidatura competitiva” e que coloca na Assembleia da República um quadro “que leve ainda mais longe” a voz dos cidadãos e a bandeira da Autonomia.