César Fernandes, representante do Município do Funchal, apresentou nas Jornadas Insulares de Recursos Hídricos, que decorrem em Santa Cruz, os desafios e as lições aprendidas com o projeto de otimização hidráulica da capital madeirense, intitulado ‘Controlo de Fugas nas Redes de Distribuição’.
O responsável explicou que o projeto foi implementado em duas fases, começando por abranger cerca de 30% da rede de distribuição de água do concelho. No entanto, César Fernandes reconheceu que esta meta inicial se revelou ambiciosa face ao grau de maturidade da entidade gestora. “Foi o nosso primeiro erro”, admitiu.
Durante a sua intervenção, o responsável destacou as dificuldades encontradas ao longo do processo, sublinhando que algumas já eram previstas, mas outras surgiram de forma inesperada. “Foi precisamente sobre esses desafios imprevistos que decidi falar hoje”, referiu.
César Fernandes identificou três grandes áreas onde os problemas mais se podem fizer sentir neste tipo de projetos. Em primeiro lugar, a vertente social, com o impacto das obras na via pública. “Para minimizar estes constrangimentos, é fundamental um planeamento atempado e uma coordenação eficaz com outras entidades”, aconselhou.
A segunda questão apontada prende-se com as interrupções no fornecimento de água, sendo essencial que a comunicação com a população seja o mais proativa possível. Entre vários outros exemplos, acrescentou ainda a necessidade de “facilitar” o trabalho aos decisores políticos, passando por apresentar resultados concretos e demonstrar a pertinência das obras.