A Iniciativa Liberal (IL) Funchal quer saber quais os motivos que levaram ao alegado desinteresse do Grupo LIDL em se instalar na Madeira.
“Querem fazer-nos crer, que este Grupo caiu de paraquedas na Madeira? Que gastou cerca de 5 milhões de euros, para comprar uma posição com alguma relevância na estrutura da cidade, sem ter garantias dadas por alguém de que aí poderia instalar um supermercado?”, questiona o partido em comunicado.
A IL entende, de acordo com a mesma fonte, que “alguém, na Câmara ou no Governo, deu garantias ao LIDL para que este tivesse avançado com o negócio”.
“Alegou a CMF a impossibilidade da instalação de um supermercado da marca junto ao Largo da Cruz Vermelha, escudando-se no PDM e no factor trânsito. Ora, muito bem, gostaríamos então de saber quais são os constrangimentos em relação às duas coisas. Soube-se agora do desinteresse da marca em se instalar, por agora e quando previam fazê-lo ainda este ano, na Madeira. Os funchalenses e os madeirenses têm o direito de ser informados, com dados concretos, e não com coisas deitadas ao vento para ver se pegam”, sustenta a IL.
Sobre o grupo alemão, o partido recorda que se trata da “maior rede de retalho da Europa e o sexto maior grupo comercial do mundo” e sublinha que o “LIDL não brinca em serviço”, porquanto baseia a sua operação em estudos de mercado e assume o controlo da cadeia de abastecimento, possuindo os seus próprios navios.
“Dependendo do volume do negócio na região, não seria de admirar que, num determinado momento, começássemos a ver cargueiros de marca própria a fazer transporte para a Madeira. Se espaço houvesse, poderiam mesmo alargar o transporte a outros interessados”, considera a IL.