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José Manuel Rodrigues critica falta de sentido de Estado e a ausência de respeito pelos interesses do povo

Data de publicação
01 Julho 2024
11:26

”O jogo político e o confronto partidário, que, por vezes, parecem esquecer o superior interesse da Região, têm limites e as campanhas eleitorais terminam com o veredicto do povo no dia das eleições. Depois disso, há que respeitar a vontade dos cidadãos e trabalhar para chegar a entendimentos que permitam o regular funcionamento das instituições e a governabilidade da nossa terra”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.

No encerramento do Dia da Região, que decorreu no salão nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues destacou que, assinalamos os 50 anos da Democracia e os 48 anos da Autonomia no meio de uma crise política que “se arrasta há demasiado tempo e que está a pôr em causa o normal funcionamento dos órgãos de Governo próprio da Região e a governabilidade da Madeira e do Porto Santo.

”Alguns verão com normalidade esta instabilidade. Quem é responsável só pode ver com preocupação esta realidade”, sublinhou o representante do Parlamento regional.

“A Democracia tem nos seus fundamentos a separação de poderes. E no respeito pela separação de poderes não cabe à Política julgar nem condenar, quem quer que seja, sobrepondo-se à Justiça. Os que assim procedem cometem um erro político e intrometem-se num poder para o qual não estão nem autorizados nem legitimados”, adiantou, para acrescentar ainda que o direito à presunção da inocência de qualquer cidadão é tão sagrado quanto o direito à transparência em funções públicas.

”Neste momento, o que tem de estar na nossa agenda não é a formação do Governo ou quem o compõe, pois isso é matéria do poder executivo, já ultrapassada. O mais importante, agora, é discutirmos e chegarmos a acordo sobre as melhores políticas para vencermos os problemas regionais e continuarmos na senda do progresso e do desenvolvimento”, referiu ainda perante uma plateia com todo o Governo, deputados na Assembleia da República e entidades representantes de todo o setor.

Satisfeito com facto de o Governo Regional empossado ter encetado um processo negocial aberto a todos os partidos, para a introdução de medidas e propostas das diferentes correntes políticas no programa do Governo e com tradução financeira no Orçamento para este ano, José Manuel Rodrigues sublinhou que “todos somos chamados a participar neste momento histórico da vida democrática da Madeira e todos temos o nosso papel a desempenhar neste processo de estabilizar a vida regional e de encontrar soluções para o Bem Comum”.

“Precisamos de baixar a crispação, de reduzir a tensão, de diminuir a pressão que está instalada na política e nos agentes políticos regionais, e que se transmite à própria sociedade, provocando clivagens e divisões, claramente negativas e muito desgastantes para a nossa comunidade”, disse, para adiantar que este Governo tem legitimidade.

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