O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, reagiu esta quarta-feira à megaoperação da Polícia Judiciária na Região.
“Como eu disse ontem, o Governo está totalmente disponível para colaborar, como sempre teve, com todas as investigações. Uma investigação não é uma acusação, muito menos uma condenação, portanto, as pessoas têm o direito de ser ouvidas, de esclarecer aquilo que consta da denúncia Estou convencido de que isto partiu de uma denúncia, agora, o resto é saber se a denúncia tem fundamento ou não. E é fundamental, por isso, que a investigação corra com todos os elementos”, disse, à margem de uma cerimónia de assinatura de contratos-programa com as Casas do Povo, na Quinta Magnólia, acrescentando que o Governo encara “com naturalidade” a situação.
O governante diz ainda que as denúncias visam descredibilizar as instituições.
“Mas, não deixa de ser um pouco estranho que neste momento existam um conjunto de denúncias anónimas contra os órgãos do Governo e com objetivos eminentemente políticos. Estas denúncias anónimas são recorrentes. Nós temos tido, ao longo dos últimos anos, um conjunto de denúncias feitas com objetivos políticos, com o sentido de descredibilizar o Governo, mas não se trata do meu Governo, acho que são atos de litigância política que visam, no fundo, descredibilizar as instituições e sobretudo os Governos”, explicou.
De resto, Miguel Albuquerque não acredita em irregularidades nos financiamentos.
“Neste momento estou convencido que, relativamente àquilo que foi alegado, eu não sei, dos financiamentos, não há nenhum financiamento de qualquer empresa, muito menos esta empresa, que esteja fora da legalidade, porque, como vocês sabem, hoje em dia as campanhas são escrutinadas por agentes do Tribunal Constitucional, as contas são homologadas, e neste momento não há nenhum partido, no quadro da sua responsabilidade democrática, que se arrisque a fazer uma campanha política que não esteja dentro do quadro legal”, explicou.