O ADN revelou hoje ter conhecimento de que existem trabalhadores da RTP Madeira “em situação precária”. Os factos, alega o partido em comunicado, foram apurados numa reunião mantida recentemente com uma Comissão de Trabalhadores deste canal público de televisão.
O partido referiu que a reunião permitiu apurar “uma série de questões preocupantes que afetam a qualidade e a viabilidade dos serviços prestados pela RTP na região”, tendo lembrando que, “actualmente, o serviço de produção regional da RTP Madeira está resumido a um programa diário, um programa semanal humorístico e outro quinzenal com emissão na RTP Internacional. Este último formato tem cerca de 30 anos”.
“Todos os programas que eram gravados no exterior com emissão semanal foram extintos, com o argumento de falta de pessoal suficiente. A produção não conta com nenhum operador de câmara afeto ao serviço, e os editores existentes não conseguem dar resposta à demanda”, lê-se no comunicado.
A referida força política explicou ainda que “está a decorrer um processo em tribunal envolvendo mais de duas dezenas de trabalhadores precários, que, apesar de desempenharem estas funções há muito tempo, continuam sem vínculo laboral. Estes Trabalhadores poderiam colmatar a falta de pessoal necessária para que se possam produzir programas com carácter de serviço público”.
Na área da Informação, prossegue a nota de imprensa, “o problema da precariedade repete-se tanto na multimédia quanto nos serviços noticiosos.Gestão e Condições dos Trabalhadores Esta é a Direcção com mais anos em funções e, paradoxalmente, a que mais esvaziou este serviço. Os trabalhadores da Madeira são os que menos ganham em todo o universo RTP e não têm hipótese de progredir na carreira, apesar da sua capacidade de trabalho, evidenciada pela produção de muitos e bons programas com equipamentos obsoletos. Embora ocanal tenha sido reequipado, não é possível tirar partido destas novas tecnologias porque não foi planeado o lado dos recursos humanos necessários.”
A questão da precariedade e falta de recursos humanos, referiu ainda o ADN, “também se repete na rádio, onde o serviço de proximidade é escasso e deficiente.”
Tendo em conta o cenário descrito, o partido “considera inaceitável esta situação e exige uma intervenção urgente para resolver os problemas identificados”, pelo que considera “fundamental valorizar e apoiar os trabalhadores da RTP Madeira, garantindo condições de trabalho dignas e uma estrutura que permita a produção de conteúdos de qualidade para servir adequadamente a população da Madeira”.