O PCP defendeu, no âmbito de um conjunto de ações de contacto com trabalhadores, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais e o combate à “desregulação” do mesmo.
No decurso da ação política junto à empresa Horários do Funchal, Ricardo Lume afirmou que “os avanços técnicos e científicos têm permitido a concentração da riqueza nos grupos económicos e financeiros, mas não têm representado melhoria das condições de articulação da vida familiar, pessoal e profissional dos trabalhadores”, acrescentando que, pelo contrário, “nos últimos anos tem aumentado o número de trabalhadores que laboram aos sábados, domingos e feriados, que laboram por turnos, e cujos horários de trabalho têm sido desregulados através de mecanismos diversos, nomeadamente de bancos de horas”.
O deputado considerou que “não é aceitável” que no século XXI “existam horários de trabalho do século passado, mas também a desregulação do horário de trabalho, impedindo muitas vezes a conciliação entre a vida laboral com a vida familiar e social”.
”Na Madeira a luta dos trabalhadores dos diversos sectores de atividade, sejam do sector empresarial público ou do sector privado para a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais tem garantido passos na redução do horário de trabalho, mas em muitos casos as 35 horas de trabalho semanal ainda é uma miragem para a grande maioria dos trabalhadores madeirenses e porto-santenses”, afirmou Ricardo Lume.
Em suma, Ricardo Lume frisa que “não só é possível, mas também representa um imperativo de justiça laboral”, pelo que o PCP entregou na Assembleia Regional da Madeira, uma Proposta de Lei à Assembleia da República que defende a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais para todos os trabalhadores e o combate da desregulação do horário de trabalho.