O SANAS Madeira – Associação Madeirense para Socorro no Mar celebra hoje, 4 de dezembro, o seu 39.º aniversário.
Numa nota enviada à redação, o SANAS começa por lembrar que a inexistência de uma instituição vocacionada para o socorro a náufragos na Região e o despoletar de diversas atividades em meio aquático levou, por iniciativa dos escuteiros marítimos, à abertura de uma delegação regional do SANAS – Corpo Voluntário de Salvadores Náuticos a 4 de dezembro de 1985.
Mais recorda que, entre 1985 e 1996, a instituição dotou-se de meios técnicos e humanos para cumprir com a crescente solicitação de serviços, fossem eles de segurança, salvamento ou resgate, assumindo daí em diante “papel preponderante” na busca e salvamento no mar da Madeira.
A 31 de janeiro de 1996, sob decisão da Comissão Instaladora e de alguns associados, forma-se o SANAS Madeira, obtendo a designação de Instituição de Utilidade Pública em outubro do mesmo ano.
Entre inúmeras operações de busca e salvamento em que esteve envolvido destaque-se os temporais de 29 de outubro de 1993 e o de 20 de fevereiro de 2010, o naufrágio da embarcação de extração de inertes Bom Príncipe e as buscas pela avioneta em setembro de 2003.
Seja no apoio às atividades lúdico desportivas regionais, em provas internacionais ou em desafios de índole desportiva de renome que destacam as características e a beleza de uma região virada para o mar, o SANAS Madeira conquistou o estatuto de referência na assistência e socorro de todos os participantes.
A Associação Madeirense para Socorro no Mar é composta por um Corpo Operacional de cerca de 50 operacionais, profissionais e voluntários, todos com formação credenciada para emergência pré-hospitalar (Nadador Salvador, Tripulante de Ambulância de Transporte, Tripulante de Ambulância de Socorro), Tripulantes de Salva-Vidas, um Núcleo de Enfermagem (composto por elementos com Licenciatura em Enfermagem, Pós-Graduação em Emergência e Cuidados Intensivos e Enfermeiros Especialistas) e Médicos. Tem ainda o Núcleo SANAS Júnior com a missão da Literacia Marítima aos mais jovens.
A nível de infraestruturas opera uma rede de Estações Salva-Vidas (Estação Salva-Vidas do Funchal, Estação Salva-Vidas do Porto Moniz e Estação Salva-Vidas de Santa Cruz) e um Centro de Coordenação, Comando e Controlo (Centro de Salvamento Costeiro).
Possui uma frota de embarcações de todas as classes disponíveis ao serviço de busca e salvamento da Região Autónoma da Madeira: 2 embarcações Classe A com capacidade de navegação em quaisquer condições de mar, 4 embarcações Classe B – duas de reserva e duas afetas à Estação Salva-Vidas do Porto Moniz e à Estação Salva-Vidas de Santa Cruz, 4 embarcações Classe C – utilizadas maioritariamente em serviços de apoio e 4 embarcações Classe D – utilizadas no resgate e transbordo na interface mar/terra. A estes somam-se duas viaturas de emergência todo-o-terreno, plenamente equipadas, para empenhamento de embarcação e tripulação em acessos remotos e mais perto dos locais de ocorrência.
“A elevada operacionalidade e eficácia, recentemente reconhecida internacionalmente, são espelho do compromisso que tem vindo a ser feito na profissionalização de uma estrutura que, apesar de ser voluntária, está longe de ser amadora”, realça.
Refere, também, que a “disponibilidade, o empenho e o forte espírito de compromisso de toda a equipa levou a criação de um protocolo com a Marinha Portuguesa por forma a existir uma melhor resposta integrada no salvamento marítimo na Região Autónoma da Madeira”.
Ao longo dos anos, fruto da estratégia focada na Salvaguarda da Vida Humana no Mar, a Associação Madeirense para Socorro no Mar foi apostando na atualização e modernização não só dos seus meios técnicos, mas também dos seus meios humanos. O desenvolvimento de uma nova embarcação salva-vidas, a aquisição de uma viatura elétrica para adaptação às novas regras ambientais, a formação de operadores de veículos aéreos não tripulados (drones) e de especialistas em Mass Rescue Operations são representativos de uma aposta efetuada a pensar no futuro, no incremento das capacidades e numa melhor resposta da instituição e dos seus operacionais.
Através de recursos humanos e meios de salvamento e resgate exclusivos mantém a responsabilidade de intervenção imediata na garantia da segurança e salvamento aeroportuário em ambiente marítimo em torno do Aeroporto Internacional da Madeira.
“Naquele que é, reconhecido internacionalmente, um dos maiores cartazes turísticos da região Autónoma da Madeira, o SANAS Madeira desempenha papel fundamental, garantindo a segurança e o assistência em meio aquático dos operadores de pirotecnia que efetuam a montagem do espetáculo pirotécnico de final de ano”, remata.