A Bélgica atingiu hoje uma incidência cumulativa a 14 dias de 505 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100.000 habitantes, o maior número desde o início da terceira vaga da pandemia, noticia a EFE.
Segundo a agência de notícias espanhola, houve uma média de 4.636 infeções por dia, entre 18 e 24 de março, o que representou um aumento de 27% em relação aos sete dias anteriores.
Esse aumento também se reflete no número de camas ocupadas nos cuidados intensivos, que contabiliza 701 - com 292 novos internamentos nas últimas 24 horas - embora nem todas as pessoas que se encontram nos cuidados intensivos tenham ingressado devido à covid-19.
As autoridades de saúde belgas consideram que o limite crítico das unidades de cuidados intensivos é de uma ocupação de mil camas.
Quanto aos óbitos, registaram-se 27 mortes por dia, o que representa um aumento de 12% em relação aos sete dias anteriores.
A variante britânica já é a dominante na Bélgica, representando 76% dos vírus em circulação, segundo explicou na sexta-feira, o porta-voz do instituto público de Sandiad (Siensano), Yves van Laethem, refere a EFE.
Antes do início da terceira vaga, a Bélgica voltou a encerrar este sábado cabeleireiros e outros comércios e lojas de proximidade e passou a ser obrigatório marcar uma hora para entrar em lojas não prioritárias.
Algumas restrições estarão em vigor até ao dia 25 de abril. Além disso, as escolas não abrirão esta segunda-feira - fechando uma semana antes das férias da Páscoa - e a intenção é que as aulas presenciais não decorram antes do dia 19 de abril.
Essas restrições somam-se a outras, como a proibição de viagens não essenciais ao exterior, de recolher noturno obrigatório e o encerramento de bares - que não abrem há quase seis meses - enquanto os restaurantes só podem entregar comida ao domicílio.
Lusa